Ano Polar Internacional: Noruega é anfitriã do Dia Mundial do Meio Ambiente
23 de maio de 2007Oslo e a cidade de Tromso, ao norte da Noruega, vão marcar o início de vários eventos que refletem as ameaças que o aquecimento global apresenta para as pessoas e para a vida selvagem do planeta.
O ursinho Knut tornou-se símbolo internacional contra o aumento da temperatura e da Conferência Mundial sobre a Proteção das Espécies. Os ursos polares serão os primeiros mamíferos a sofrerem a consequência do aquecimento global e degelo do Ártico.
O Programa das Nações Unidas para o Meio Am-
biente-Pnuma, escolheu a Noruega para ser anfitriã das principais celebrações do Dia Mundial do Meio Ambiente de 2007, que acontece dia cinco de junho. No Brasil, governos estaduais, municípios, empresas e escolas também têm uma vasta programação para celebrar a data e facilitar um momento de reflexão sobre as questões ambientais.
O Dia Mundial do Meio Ambiente tem sido celebrado desde 1972. Ao longo dos anos, o dia teve como tema chuva ácida, oceanos, água e cidades verdes. Em 2006, as principais celebrações no Dia Mundial do Meio Ambiente foram centradas na cidade algeriana de Algiers sob o tema “Não abandone os desertos”. O tema remete ao fato de 2006 ter sido o Ano Internacional de Desertos e da Desertificação.
O Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado em 5 de junho, é uma das principais datas que as Nações Unidas usam para estimular, em escala mundial, a conscientização sobre o meio ambiente e aumentar a atenção de ações políticas.
O interesse do dia é apresentar o caráter humano das questões ambientais; tornar as pessoas capazes de serem agentes ativos do desenvolvimento sustentável e justo; promover o entendimento de que as comunidades são a base da mudança de atitudes em relação às questões ambientais; e estimular parcerias que assegurem que todas as nações e populações desfrutem de um futuro mais seguro e próspero.
O Dia 5 de junho é também um evento para as pessoas promoverem atividades variadas como caminhadas, passeios ciclísticos, concertos, competições de redação e desenho nas escolas, plantio de árvores e campanhas de reciclagem e limpeza de rios.
Dia no Brasil
Os brasileiros têm dado especial atenção à data. Hoje, os governos dos estados, municípios, as escolas, empresas e as comunidades têm se irmanado organizando palestras, seminários, oficinas e outros tipos de comemorações que vão além do dia 5 e entram pela semana e até o mês de junho.
Todos os governos fazem uma agenda especial para comemorar a Semana do Meio Ambiente. E é muito importante que as cidades todas participem desse momento de reflexão. São justamente as cidades que utilizam quantidades enormes de recursos naturais como água, comida, madeira, me-tal e insumos dos mais diversos. E também são as cidades que exportam grandes quantidades de dejetos, incluindo domésticos e industriais, e gases ligados ao aquecimento global.
Os impactos dos centros urbanos ultrapassam suas fronteiras físicas, afetando países, regiões e o planeta como um todo. A importância das cidades e a participação dos cidadãos urbanos é fundamental nesta cruzada. Segundo o ambientalista Klaus Toepfer (ex-Pnuma) “A batalha pelo desenvolvimento sustentável para tornar o mundo ambientalmente mais estável, justo e saudável será largamente vencida ou perdida em nossas cidades”
Ano Polar Internacional
A cidade de Tromso, na Noruega, tem uma forte marca cultural, científica e histórica. Tanto em relação ao Pólo Ártico como o Antártico.
Além de ter a universidade mais ao norte do planeta, a cidade norueguesa está ligada aos lendários exploradores Amundsen e Nansen. Tromso abriga, também, o principal centro do Instituto Polar Norueguês e é um centro-chave para o desenvolvimento do turismo ambiental. A cidade está situada no coração das terras indígenas da cultura Sami e tem uma forte atração turística no verão: o sonho de ver o sol da meia-noite.
As regiões polares são algumas das mais belas loca-lizações de todos os tempos da Terra. “Elas são o alarme de advertência prévio da natureza, onde mudanças climáticas induzidas pelo homem, o buraco na camada de ozônio e mesmo impactos de poluições químicas contínuas são primeiramente registrados”, explica Shafqat Kakakhel, do Pnuma.
Oportunidades e ameaças
O Ártico também tem cada vez mais se tornado uma nova potência na extração de minerais e petróleo e em transporte marinho – em parte devido à diminuição do gelo por causa das mudanças climáticas. Ambas as regiões polares vêm atraindo grande interesse das áreas de turismo e da indústria pesqueira, que têm se mostrado desejosos em explorar a vasta e abundante quantidades de peixes das regiões. Tudo isso representa oportunidades e ameaças para as populações indígenas que vivem nas zonas polares e para o mundo como um todo, o que refletirá nos temas das celebrações do dia cinco de junho.
Para o governo norueguês, a ONU e o Pnuma presentearam a Noruega com essa ótima oportunidade de fazer um perfil das muitas e sérias ameaças ao ambiente polar. Isso inclui em boa parte mudanças climáticas no Ártico, o que afeta o clima global. “A cidade polar de Tromso foi escolhida como principal local de encontro, por criar o tipo certo de ambientação para as celebrações”, explicou a ministra Helen Bjornoy, do Meio Ambiente. (SG)