Programa Amazônia

ONGs e MMA buscam integração

18 de junho de 2007

Vem aí o II Encontro Nacional dos Povos da Floresta a se realizar em setembro, em Brasília. O primeiro foi em Xapuri, no Acre, feito pelo Chico Mendes, em 1986

Participantes do encontro: Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), Coordenação da Organização Indígena da Amazônia Brasileira (Coiab), Rede Mata Atlântica (RMA), do Banco Mundial e dos movimentos Conselho Nacional de Seringueiros (CNS) e Aliança dos Povos da Floresta. Para Nazaré Soares, coordenadora do PPG-7, o encontro foi uma oportunidade de maior entrosamento, esclarecimento e mobilização dos povos da floresta e do Ministério para o desenvolvimento conjunto de atividades de proteção e de desenvolvimento sustentável na Amazônia”.
Durante os debates, houve muita discussão sobre a mobilização social na área de influência da BR-163, que liga Cuiabá (MT) a Santarém (PA),  sobre o modelo de gestão das Organizações Indígenas e as parcerias para o desenvolvimento de ações.


Povos da Floresta
Durante o evento, foi lançado oficialmente o II Encontro Nacional dos Povos da Floresta que será realizado em Brasília nos dias 18 a 21 de setembro. Segundo Adilson Vieira, secretário-geral do GTA, esse encontro de setembro vai discutir temas variados e associados, como as condições de vida daquelas populações, o aquecimento global e suas repercussões no ambiente. “Mais da metade das emissões de CO2 no Brasil, por exemplo, está relacionada ao desmatamento na Amazônia, o que nos obriga igualmente a discutir este ponto”, reafirmou Adílson Vieira.
No II Encontro Nacional dos Povos da Floresta, explicou Adilson Vieira, o GTA aproveitará para solicitar a discussão pública mais ampla das questões que afetam os povos da floresta e que o debate exceda os limites amazônicos.
 “Precisamos discutir os problemas que ocorrem em outros biomas, como Caatinga, Mata Atlântica, Cerrado, igualmente importantes, ricos em biodiversidade e com uma população expressiva vivendo nesses ecossistemas. Queremos discutir uma política florestal como um todo para o Brasil, definindo um modelo adequado para o desenvolvimento das comunidades e para a proteção das florestas”, disse Vieira.
“Temos que começar a tratar do “Ano Chico Mendes”, cuja morte completa 20 anos em 2008. Precisamos refletir sobre os problemas, uma vez que, apesar de toda luta desenvolvida no Brasil em benefício das florestas, os assassinatos continuam, grandes projetos permanecem causando impactos às populações”, alertou o coordenador do GTA.
 É bom lembrar que o I Encontro dos Povos da Floresta foi realizado em 1986, em Xapuri, no Acre, e foi coordenado pelo próprio Chico Mendes.