Folha do Meio Ambiente

Os carboidratos são os glicídios ou hidratos de carbono. Melhor dizendo: são compostos químicos orgânicos, como os açúcares, o amido e a celulose, constituídos por carbono, hidrogênio e oxigênio e, em alguns, há também nitrogênio, fósforo e enxôfre. Eles estão presentes em certos alimentos, como no
açúcar, no mel, nos cereais (arroz, trigo, milho, centeio, aveia e cevada), nos pães, nos biscoitos, nas massas, nos vegetais (legumes, verduras) e nas frutas, em quantidades diferentes.
Os carboidratos são a principal fonte de energia para a maioria das células do organismo, uma vez que seu catabolismo, ou quebra, possibilita a liberação de energia química para a formação do ATP, o combustível do corpo. Após serem consumidos e metabolizados, eles são transformados em glicose, para serem absorvidos pelas células do organismo, e também dos músculos e do fígado, onde são armazenados na forma de glicogênio, que posteriormente será utilizado em forma de energia. Assim, é deles que o organismo retira a maior parte da energia para a realização de suas atividades diárias, como andar, correr, estudar, trabalhar e até respirar. 
A glicose é, ainda, a fonte de energia preferencial das células do cérebro, importante para o funcionamento de todo o sistema nervoso e também do coração. Por isso, restringir ou eliminar os carboidratos da dieta pode levar ao aparecimento de desconfortos, como a dor de cabeça, o cansaço físico e mental, o estado de ânimo alterado e até irritação.
Além de sua função como fonte de energia, os carboidratos têm também uma função poupadora de proteínas. A ingestão de uma quantidade suficiente de carboidratos impede que as proteínas corpóreas sejam utilizadas para a produção de energia, mantendo-as em sua função de construção e manutenção de tecidos.
A recomendação da ingestão diária de carboidratos é de 50 a 60% do valor calórico total da dieta, ou seja, aproximadamente, metade da alimentação diária deve ser composta por esse macronutriente. Mas, sempre é bom lembrar, cada indivíduo tem uma necessidade energética diferente.

Fontes: Tabela para avaliação de consumo alimentar em medidas caseiras; 4ª ed.
Krause; 10ª ed.
* Os valores sofreram aproximação.

ESPAÇO DO LEITOR

A linhaça é boa e milagrosa como falam, ou é conversa?
Realmente faz bem comer semente ou farinha de linhaça?
Inês Reinisch – Rio de Janeiro – RJ

Inês, em nutrição o “milagre” está na diversidade de consumo ao longo dos dias, já que, em cada tipo de alimento existem diferentes tipos de nutrientes. Cada nutriente tem seu papel, e todos são importantes para o bom funcionamento do organismo. A semente de linhaça é boa, mas não é milagrosa. Ela é considerada um alimento funcional, se consumida regularmente na dieta habitual, por conta de seus ácidos graxos (ômegas 3, 6 e 9), algumas vitaminas, minerais e das fibras. Tem função moduladora do sistema imune, com a ação dos ácidos graxos, das vitaminas e dos minerais. E por ter elevado teor de fibras, age no funcionamento intestinal, aumenta sensação de saciedade e pode ajudar na inibição da absorção de gorduras.

O pão integral engorda menos que o pão branco?
José Jorge Machado – Salvador – BA

Não. O pão integral tem a mesma quantidade de calorias do pão branco. A diferença entre eles é que o pão integral é mais rico em fibras, o que traz maiores benefícios para o organismo. Além disso, sua digestão é mais lenta, o que garante maior saciedade.