Editorial

Caro Leitor

25 de setembro de 2007

Sinais vitaisdo meio ambiente Chegamos à Primavera. Em nenhum lugar ela se mostra tanto como no Cerrado. Mesmo em plena época de seca, com queimadas vitimando animais e plantas em diversas áreas de preservação, as cores e as flores da estação eclodem em ipês rosas, amarelos e brancos, em flores e frutos de lobeiras, em… Ver artigo

Sinais vitais
do meio ambiente



Chegamos à Primavera. Em nenhum lugar ela se mostra tanto como no Cerrado. Mesmo em plena época de seca, com queimadas vitimando animais e plantas em diversas áreas de preservação, as cores e as flores da estação eclodem em ipês rosas, amarelos e brancos, em flores e frutos de lobeiras, em cajuzinhos suculentos e tantas outras espécies. É bonito de ver, ainda mais com o contraste provocado pela seca. Mais Primavera a partir da página seis.
São os sinais vitais do meio ambiente. Felizmente ainda pulsa o coração da natureza. E é este pulsar que o casal Sue e Patrick Cunningham, ambientalistas ingleses, pode constatar com a expedição “Coração do Brasil”, que percorreu 2,7 mil quilômetros desde a nascente até a foz do rio Xingu durante mais de 100 dias.
O casal de ambientalistas avaliou as condições de educação, saúde, acesso à terra e o forte impacto cultural da vida moderna sobre ribeirinhos e aldeias indígenas. Os sinais vitais na região não são mais os mesmos. É quase um quadro de UTI. O rio está poluído, não é mais possível beber diretamente de seu leito e o risco de construção de barragens é uma constante. A expedição inicia na página 10.
Por falar em barragem, a transposição do rio São Francisco continua em debate. O município de Cabrobó, em Pernambuco, de onde partirá o Eixo Norte da obra, está localizado bem no centro da maior e mais crítica área em processo de desertificação do estado. Já o município de Floresta, onde sairá o Eixo Leste, tem um cenário ambiental único, abrigando o maior número de espécies do bioma Caatinga.
Na região também há o maior número de assentamentos da reforma agrária, quase 30. Transpor o rio São Francisco, é muito mais do que uma discussão de engenharia civil, passa também pela engenharia florestal e muitas outras áreas do conhecimento. Mais sobre este assunto nas páginas 16 e 17.
Uma boa notícia vem da engenharia de automotores. O Salão do Automóvel de Frankfurt, na Alemanha, deu um ultimato para os veículos poluidores. Até 2009, a emissão de CO2 na atmosfera, emitida pelos carros, deverá ser no máximo de 130 gramas por quilômetro rodado. Atualmente, a média de emissão é de 149 gramas/km rodado. Mas há veículos que lançam até 249 gramas. Mais sobre carros ecológicos na página três.
A Folha do Meio Ambiente continua na campanha em prol da Agenda 21 Local. Se o município está construindo uma agenda, mande um e-mail informando sobre em que fase o processo se encontra. Na próxima edição, em outubro, vamos publicar ampla reportagem sobre a Agenda 21. Boa leitura!