200 anos do Jardim Botânico RJ

25 de setembro de 2007

Muitas programações previstas para celebrar a data, como exposições, seminários, lançamento de livros, atividades musicais e a inauguração do Museu do Meio Ambiente

Para começar, o Decreto da Abertura dos Portos às Nações Amigas transformou o porto do Rio num importante centro financeiro-comercial. Depois vieram outras conquistas, como o próprio Jardim Botânico, a Justiça, a Biblioteca Nacional, a Casa de Pólvora, a Imprensa Nacional. O Rio de Janeiro, uma cidade pobre e sem planejamento urbano, tomou ares de civilidade para a época.
O grande objetivo e missão do Jardim de Aclimação, criado em 13 de junho de 1808, era “promover, realizar e divulgar o ensino e as pesquisas técnico-científicas sobre os recursos florísticos do Brasil, visando o conhecimento e a conservação da biodiversidade, assim como a manutenção das coleções científicas sob sua responsabilidade.” Traduzindo em miúdos: A Corte portuguesa buscava, mesmo, aclimatar as especiarias vindas das Índias Orientais.
D. João estava encantado com a exuberância da natureza do Rio. Em 11 de outubro de 1808,  o Jardim passou a se chamar Real Horto. Por um erro histórico acreditava-se que as primeiras plantas tinham sido trazidas do Jardim Gabrielle, de onde vieram muitas plantas, principalmente durante as guerras napoleônicas. Porém o Jardim Gabrielle era nas Guianas e as primeiras plantas que chegaram ao Jardim Botânico vieram, na verdade, das ilhas Maurício, do Jardim La Pamplemousse, por Luiz de Abreu Vieira e Silva, que as ofereceu a D. João.


O Conselho
No dia 5 de setembro último, a ministra Marina Silva e o ministro da Cultura, Gilberto Gil, instalaram o Conselho dos 200 anos, abrindo oficialmente as comemorações do bicentenário do Jardim Botânico.
O conselho terá a função de apoiar e sugerir as mais diferentes atividades que ocorrerão no decorrer de 2008, pelo bicentenário.
O difícil mesmo será uma reunião plenária dos 21 conselheiros. Nem na posse do Conselho e na sua primeira reunião formal, o MMA conseguiu esta proeza. Vinte e uma personalidades, entre autoridades, cientistas, empresários e artistas, integram o Conselho. Entre as programações previstas estão a realização de exposições, seminários, palestras, lançamento de livros, atividades musicais e a inauguração do Museu do Meio Ambiente, o primeiro do mundo com temática exclusivamente ambiental.
“A iniciativa de criar o conselho foi exatamente para que não ficasse uma programação meramente oficial, com um olhar governamental, mas que pudesse ter um conjunto de idéias que pudesse refletir a opinião da academia, do setor artístico, de empresários e dos próprios servidores e pesquisadores”, explicou Marina Silva.


Membros do Conselho


  1. Marina Silva (ministra do Meio Ambiente)
  2. Gilberto Gil (ministério da Cultura)
  3. Liszt Vieira (presidente do Jardim Botânico)
  4. Chico Buarque (cantor e compositor)
  5. Fernanda Montenegro (atriz)
  6. Regina Casé (produtora e atriz)
  7. Embaixador Alberto da Costa e Silva (coordenador da Comissão Comemorativa da Prefeitura do RJ)
  8. Embaixador Marcos Azambuja (presidente da Casa França Brasil)
  9. Tomás Mariani (presidente da Associação de Amigos do JBRJ)
10. José Roberto Marinho (presidente da Fundação Roberto Marinho)
11. Guillian Prance (pesquisador do Kew Garden)
12. Paulo Jobim (Espaço Tom Jobim- Cultura e Meio Ambiente)
13. Otávio Velho (SBPC)
14. Olavo Monteiro de Carvalho (presidente da Associação Comercial do RJ)
15. Carlos Nobre (INPE)
16. Carlos Minc (secretário estadual do Meio Ambiente)
17. Pe. Josafá Carlos de Siqueira (vice-reitor da PUC-RJ)
18. Eduardo Eugênio Gouveia Vieira (presidente da FIRJAN)
19. John Neschling (maestro da OSESP)
20. Luiz Avilez (Banco Icatú)
21. Angela Mariani (Banco BBM)