NA LINHA DO TEMPO – Imprensa destaca ação ambiental

25 de dezembro de 2007

Como o projeto repercutiu na mídia

 


 


O Globo 24/4/1976


 


 


Amador Aguiar, presidente do Bradesco, Rogério Marinho, de O Globo, e o ministro Shigeaki Ueki recebendo de Omar Fontana, presidente da APVS, o diploma de Conservacionista 1975.


 


 


 


Jornal do Brasil – 11/02/1976



 


E os jornais anunciam a chegada da nova safra de peixes ascidos de fecundação artificial.


 


O Estado de S. Paulo 11/02/76


 


 


 


 


 


Folha de S. Paulo – 10/06/1975


 


 


 


 


 


O Globo – 13/06/1978


 


 


 


 


Jornal da Tarde – SP19/04/1977


 




 


ACM, pelo projeto patrocinado pela


Eletrobras, virou o defensor dos peixes.


 


 



 


El Território – 18/02/1977


 


 


Jornal do Brasil – 29/06/1987


 


 


 


 


 


 


 


 


Repercussão na mídia      


“O pescador sabe disso [a extinção do dourado] e o lamenta, mas não sabe bem o que precisa ser feito. Apenas tem consciência de que no dia em que o dourado faltar em nossos rios, ele sentirá que perdeu uma parte de sua própria maneira de ser como pescador”. Matéria publicada na Folha de S. Paulo, edição de 3.11.1974, denuncia o risco de extinção do dourado e faz uma análise, ainda hoje, bastante atual.   Na mesma reportagem, Dalgas Frisch dava um corajoso depoimento. Ele afirmava: “Já está na hora de a CESP devolver uma parcela do lucro que retira da natureza. Trata-se, portanto, de buscar o desenvolvimento em harmonia com a natureza, e não às custas dela”. A denúncia de que as barragens da Cesp e de Furnas impediam a piracema foi destaque na Folha da Manhã, de 19.05.1975, e na Folha de S. Paulo, de 10.06.1975.
Há que se lembrar que as hidroelétricas brasileiras eram então controladas pelos militares no poder por meio da Eletrobras. Naqueles anos de chumbo, a insensibilidade das autoridades para com os problemas ecológicos era o sentimento reinante.
“O preço do desenvolvimento tinha de ser pago com a extinção de nossos peixes? Essa pergunta é que me motivou a começar um trabalho inédito no Brasil, mas já bastante amadurecido nos Estados Unidos da América e no Canadá: o repovoamento dos rios represados com espécies nativas por meio da fecundação artificial. Naqueles países, o salmão, um peixe de água salgada de enorme valor econômico e ecológico, era alvo de grandes cuidados”, recorda Dalgas Frisch.
Segundo o presidente da APVS, no Brasil, ainda não havia nem conhecimento cientifico nem interesse para lidar com o problema sob essa perspectiva preservacionista. “Não tive dúvida” – lembra Dalgas. “Fui ao Alasca e aos estados da Carolina do Sul e do Norte para ver o que as hidroelétricas de lá faziam para manter em seus reservatórios o salmão de água salgada, especialmente o stripped bass, espécie de piracema de grande valor econômico e também muito apreciada na pesca amadora”, destaca.
A iniciativa de Dalgas Frisch ganhou repercussão fora do Brasil. Os argentinos demonstraram grande interesse em conhecer o projeto iniciado pela APVS em Furnas.  O periódico El Território (18.02.1977) publicou reportagem de página inteira, enviada pelo colaborador brasileiro, o jornalista José Neumane Pinto, dando destaque ao projeto.