Folha do Meio Ambiente

Os documentos do IPCC – o último, divulgado em novembro, foi um resumo dos três anteriores – contribuíram para despertar o mundo para os efeitos globais da poluição, e levaram até os mais renitentes a uma reflexão sobre os riscos que todos estamos assumindo com o aumento da temperatura da terra.
Até mesmo o presidente dos Estados Unidos sentiu-se na obrigação de sair a campo e patrocinar uma reunião nas Nações Unidas para discutir a questão ambiental, embora mantendo a decisão de não aderir ao Protocolo de Kioto e insistir na exigência de que os países em desenvolvimento participem de forma mais eficaz do esforço comum de redução dos poluentes.
Tendo como carro-chefe o aquecimento global, em 2007 o meio ambiente saiu das sombras para ganhar a mídia mundial, atingindo, pela primeira vez, amplo espaço nas preocupações de grupos cada vez maiores de indivíduos nos diversos continentes.
Essa nova visão conquistou até o novo Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moom, que em visita à Amazônia apoiou publicamente a advertência dos cientistas autores do IPCC, entre eles, 25 brasileiros, afirmando, à sombra de uma samaúma gigante,  que “se a previsão mais forte do IPCC se tornar realidade, grande parte da selva amazônica vai virar savana.”

(Veja nesta edição os oito fatos mais importantes de 2007)