Unidades de Conservação

Governo de MG cria duas novas UCs

28 de fevereiro de 2008

Com a criação do Parque Estadual do Alto Cariri e o Refúgio Mata dos Muriquis, a Mata Atlântica ganha cerca de 9 mil hectares sob proteção oficial.

Estas UCs, aliadas às unidades criadas na Bahia no final de 2007 totalizam mais 40 mil hectares protegidos em áreas de  Mata Atlântica, um dos biomas mais ricos em diversidade biológica e mais ameaçados do mundo.  
A criação das novas unidades de conservação mineiras é mais um resultado de uma ampla parceria coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente para a realização de estudos que visam a proposição de novas UCs e a ampliação de algumas já existentes na Mata Atlântica.
 Os levantamentos foram realizados por uma Equipe Técnico-Científica composta pelos governos dos estados da Bahia e Minas Gerais, municípios, universidades e organizações da sociedade civil. Esse grupo reúne mais de 25 instituições governamentais, sociedade civil organizada e universidades.
 A finalidade das novas UCs é proteger espécies da fauna e flora, nascentes e cursos d’água, bem como dinamizar a economia local com o desenvolvimento do ecoturismo, turismo científico e turismo de aventura de forma compatível com a proteção da biodiversidade.
O Parque Estadual Alto Cariri e a Revis Mata dos Muriquis serão implantados e gerenciados pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF-MG).


 Histórico
 Devido aos atributos naturais da região e sua alta relevância biológica, desde 2005 vêm sendo desenvolvidos estudos para propor a criação de uma UC na área do Cariri. A região foi alvo de pesquisas da equipe do IEF-MG em parceria com membros do MMA.
A criação das unidades foi embasada cientificamente por um inventário biológico apoiado pelo Projeto de Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira (PROBIO) no âmbito do Ministério do Meio Ambiente, envolvendo a parceria da Conservação Internacional, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Universidade Federal de Minas Gerais, Universidade do Estado de Minas Gerais, Universidade Federal de Viçosa e Universidade Federal de Ouro Preto. Os estudos mostraram uma área com alta diversidade biológica, caracterizada pela transição de diferentes tipologias da Mata Atlântica, incluindo animais e plantas típicos da floresta do sul da Bahia e do sul e sudeste do Brasil.
Já foram registradas na área várias espécies da fauna e flora ameaçadas de extinção, com destaque para o muriqui-do-norte (Brachyteles hypoxanthus), considerado uma das espécies de primatas mais ameaçados do mundo.