Folha do Meio Ambiente

De acordo com presidente do Fórum, o publicitário Alexandre Skowronsky, o evento tem um papel fundamental na consolidação de uma cultura pró-ativa em relação às questões sócio-ambientais.
“Nossa responsabilidade como cidadãos impõe a participação em ações e em projetos que possam decisivamente responder pela qualidade de vida de cada um de nós. Dessa forma, o fórum é uma ferramenta que coloca em nossas mãos oportunidades, discussões e alternativas em prol desses objetivos”, destacou.
Um dos painéis mais procurados pelo público foi o que teve a presença do idealizador do programa Globo Ecologia, Cláudio Savaget. Ele foi um dos debatedores em A Conscientização Ecológica pela Mídia Eletrônica e Impressa e relatou o “case” da atração ecológica da Rede Globo, que está no ar há 18 anos. Segundo o jornalista, já foram cobertas “todas as grandes urgências ambientais” e ele antecipou discussões importantes, como a questão do aquecimento global. “Podemos amenizar os efeitos das agressões ambientais, mas dificilmente vamos conseguir equilibrar. Por isso, devemos repensar o que queremos para o nosso planeta e o que deixaremos para nossos filhos e netos”, refletiu.
O publicitário chileno Pancho González afirmou que existe uma nova postura na comunicação e que os profissionais devem estar conectados com a realidade. “Somos o espelho da realidade. A propaganda faz o bem, sim. Qualquer que seja a causa social, a propaganda ajuda”, defendeu durante o painel Sustentabilidade: Comunicação e Marcas na Berlinda.
 O fórum foi encerrado com um pergunta crucial, no painel A Sustentabilidade se Sustenta?. Alexandre Gama, presidente da agência NeogamaBBH, emocionou os presentes ao falar junto com a diretora do Grupo RBS, Lúcia Bastos. Ele defendeu que a sustentabilidade é uma grande possibilidade de negócios.
“Para viabilizar a existência humana será necessário reinventar o cotidiano, com serviços e produtos que não poluam e não degradem o ambiente. É preciso uma nova sociedade de consumo. Um novo padrão de consumo”, alertou.

Biocombustíveis: 190 países
vão debater tema no Brasil

Oportunidade para demonstrar ao mundo sustentabilidade de produção

Na conferência internacional sobre biocombustíveis a ser realizada em São Paulo, em novembro, com a participação de organismos internacionais, da comunidade científica, empresariado, sociedade civil e Ongs de 190 países. Esta é a proposta do governo brasileiro. Segundo o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Sustentável do MMA, Egon Krakhecke, serão convidados países da União Européia, dos Estados Unidos, China, Índia e Austrália.

O secretário Krakhecke explicou que “este fórum será a oportunidade para o Brasil demonstrar a sustentabilidade da produção de seus biocombustíveis, principalmente do etanol, e apresentar as políticas públicas que vêm sendo implementadas como resposta às restrições internacionais à sua produção”.
Segundo técnicos do Ministério do Meio Ambiente que estão organizando o evento, os três primeiros dias do fórum serão dedicados a debates abertos, com pelo menos dois grupos temáticos, onde se reunirão personalidades e convidados que vão expor seus pontos de vista. O quarto dia será destinado à reunião ministerial e no quinto dia dedicado à reunião entre os chefes de Estado. “O Brasil tem consciência da liderança internacional que desempenha na questão dos biocombustíveis, principalmente com relação às restrições que se levantam no mundo quanto a sua produção”, explicou o secretário Krakhecke.