Marcha pela maconha

24 de maio de 2008

Manifestação em várias capitais pede descriminalização da droga

As autoridades se assustaram com o ato, batizado de Marcha da Maconha, realizado em várias capitais do País.
Primeiro porque a justiça considerou o ato uma defesa do uso de drogas. 
Segundo porque as manifestações pedindo a legalização da maconha poderiam desencadear em alguma violência. Mas, como quem não quer nada, as pessoas iam se juntando no local marcado e com faixas e cartazes pediam a descriminalização da droga.
Em Brasília, eram mais ou menos umas 150 pessoas reunidas em frente à Catedral de Brasília.  Durante a Marcha, os manifestantes deram-se as mãos, cantaram parte do Hino Nacional e deitaram-se no chão formando uma folha da maconha.
No Rio, São Paulo, Recife,  Florianópolis, Vitória, Curitiba e Porto Alegre foi semelhante à Brasília. Os manifestantes distribuíram panfletos esclarecendo os pontos para descriminalização da maconha. Ninguém fumou a droga, mas grupos de pessoas fizeram brincadeiras com cigarros falsos.
A manifestação havia sido vetada em outras sete capitais: Salvador (BA), Cuiabá (MT), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Curitiba (PR), Brasília (DF) e Belo Horizonte (MG).
Em várias marchas os manifestantes leram o artigo 5º da Constituição Federal que fala sobre a liberdade de reunião. No momento. Em Curitiba, a liminar que proíbe a realização do evento foi expedida pelo juiz Pedro Sanson Corat, da Vara de Inquéritos Policiais. Além de determinar a suspensão, o juiz também solicitou ao Núcleo de Repressão a Crimes Cibernéticos (Nuciber), que instaure inquérito policial para apurar a possível clandestinidade do site da marcha e a possibilidade do grupo instigar o uso ilícito de drogas.
Na Bahia, a juíza Rosemunda Souza Barreto, da 2ª Vara de Tóxicos da Comarca de Salvador atendeu à ação cautelar do Ministério Público que pedia a suspensão da marcha