Primavera marca Dia da Árvore

18 de setembro de 2008

De um lado, as comemorações e homenagens às árvores. De outro, as agressões com desmatamentos, queimadas e incêndios florestais.

Origem das comemorações



Mas, afinal de contas, quando começou essa idéia de festejar o Dia da Árvore?
A primeira notícia tem data de 1872, no estado norte-americano de Nebraska, quando o
governador Helin Morton dedicou o dia primeiro de junho para uma festa pública de plantio de
árvores. A iniciativa foi um sucesso e em pouco tempo a idéia foi se espalhando por outros cantos dos Estados Unidos. Não demorou muito para ser imitada por outros países.


A fauna e a flora são símbolos vivos de natureza exuberante, de alegria, beleza e harmonia ecológica. Comemorar o Dia da Árvore é uma tradição.
Em diversos países e nas mais variadas culturas há um respeito e até adoração por algumas espécies de árvores.
No que diz respeito às comemorações, as datas podem variar, mas o sentido da preservação e da valorização da flora é uma realidade. Sempre na busca de conscientizar as gerações para proteger um elemento essencial na manutenção da vida.
 A árvore oferece ao ser humano um caleidoscópio de serventias: ela é alimento, é matéria-prima para construção de sua morada, dela se retira substâncias químicas, óleos e medicamentos para um viver saudável, ela melhora o clima, protege os mananciais, evita erosões e oferece sua sombra. Sem árvore, não há água, não há animais e não há equilíbrio ecológico. Não há vida. Como num ritual, são as folhas das árvores que alimentam a terra e suas raízes que sustentam e preservam o solo.


 


É justamente esse significado divino, milagroso e até mágico, que dava à árvore – na Antigüidade – um caráter divino. Os romanos, para atrair felicidade, colocam no Ano Novo um ramo de louro à porta da casa e na cabeça de seus heróis. Os hebreus derramavam óleo vegetal sobre a cabeça dos ungidos do Senhor. Os gregos e romanos consagravam bosques e árvores a seus deuses. Se para os chineses e hindus certas árvores eram identificadas como a origem da vida, até a Bíblia fez do paraíso uma floresta com a árvore do bem e do mal. Os seguidores de Jesus Cristo celebraram sua entrada triunfal em Jerusalém com ramos de palmeira. 
Como costuma dizer o industrial e ornitólogo Johan Dalgas Frisch, água e árvore, desde o sempre, foram e são os elementos fundamentais da vida. Há milhares de anos, na era mesozóica, a árvore é básica para a renovação do oxigênio na Terra, foi alimento para os dinossauros vegetarianos e um bom esconderijo para os carnívoros.
Dalgas explica que para o homem das cavernas, a árvore era proteção e  fonte de energia, pois ela lhe proporcionava o fogo. Depois, de acordo com cada espécie, a árvore e seus frutos passaram a ser alimento de homens e aves. Depois, ela deu aos homens e aves, também, o melhor de seus abrigos: madeira para construção de suas moradas, em casas e ninhos. “A árvore é a mãe da floresta e as florestas são produtoras de chuva, abrigos para insetos, répteis, fungos e mamíferos e a grande protetora dos solos. Sem árvore o mundo seria um deserto inóspito e com temperaturas elevadíssimas durante o dia e frio intenso à noite”, salienta Johan Dalgas Frisch e acrescenta: “A árvore é a parte mais importante da cadeia alimentar para uma infinita espécie de animais, com seus frutos, flores, raízes e folhas. Árvore, Água, Ar e Ave formam uma tetralogia que, tal qual a primeira letra do alfabeto, todas palavras também são também, pela necessidade e pela beleza, a primeira natureza dos seres vivos”.