Integração ambiental

Geo Mercosul

22 de novembro de 2008

Mercosul prioriza desertificação e destinação de resíduos

 Foto: Foto:Jefferson Rudy/


A reunião dos ministros de Meio Ambiente do Mercosul foi realizado no Jardim Botânico do Rio de Janeiro


Minc explicou que a proposta apresentada na reunião, e aprovada pelos ministros e seus representantes, é de que o meio ambiente seja usado como fator de desenvolvimento econômico e não como entrave ao desenvolvimento. “Nosso esforço é mostrar para os gestores da área econômica, fazendária, que o meio ambiente ajuda. Ele pode captar, ele pode melhorar a indústria limpa e não ser tratado como um obstáculo”, salientou o ministro Minc.
A decisão tomada na reunião do Rio deverá ser referendada pelo Conselho do Mercosul que será realizada em dezembro, na Bahia. “Além do Brasil, a Argentina e o Paraguai têm problemas de desertificação. Em relação ao clima, hoje em dia, nós podemos trabalhar juntos para reduzir emissões, fazer uma integração de ações”, explicou Minc.


Geo Mercosul
Foi apresentado o relatório Geo Mercosul: Integração, Comércio e Ambiente, que mostra como o comércio e a integração regional desempenham um papel decisivo em relação aos recursos naturais assim como aos ecossistemas e às bioregiões, em área coberta por alguns dos países que formam o acordo do Mercado Comum do Sul.
Para a representante do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente no Brasil (Pnuma), Cristina Montenegro, o relatório analisa de que maneira o comércio internacional pressiona a extração de recursos naturais e indica que é preciso explorá-lo de maneira sustentável para que se possa garantir recursos no futuro.
O relatório Geo Mercosul oferece, pela primeira vez, uma análise sobre as relações entre comércio e o processo de integração regional, e sua dimensão ambiental. O estudo retrata a situação na Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai, tendo como foco as estreitas relações entre os principais fluxos de comércio exterior e suas implicações ambientais, as negociações multilaterais e seus efeitos em promover ou inibir o desenvolvimento sustentável, e as respostas institucionais.
Elaborado pelo Pnuma, o levantamento analisa esses cinco países que representam uma área de 12 milhões de km2, com uma população de mais de 250 milhões de pessoas e onde os bens primários obtidos da natureza constituem 60,5% do total das exportações, gerando aproximadamente 105 milhões de dólares, segundo valores de 2004. O relatório tem nove capítulos, entre os quais se destacam um marco ecológico da área estudada, uma seção referente ao comércio; estado e impactos; pressões e forças motrizes no ambiente; respostas de políticas e gestão; cenários possíveis e opções de ação.