Abelhas em perigo

15 de dezembro de 2008

A humanidade vai seguindo um caminho sem volta, por estar mais preocupada com a ferroada do que com a importância da polinização.Jurandir Schmidt, de Joinville   Devido ao silêncio de grande parte da mídia, pouco é noticiado sobre o desaparecimento de populações de abelhas no planeta. Existentes há mais de 20 milhões de anos, são… Ver artigo


A humanidade vai seguindo um caminho sem volta, por estar mais preocupada com a ferroada do que com a importância da polinização.Jurandir Schmidt, de Joinville


 


Devido ao silêncio de grande parte da mídia, pouco é noticiado sobre o desaparecimento de populações de abelhas no planeta. Existentes há mais de 20 milhões de anos, são elas responsáveis pela polinização de cerca de 90% das espécies vegetais e de forma direta ou indireta, por 65% dos alimentos consumidos pelos seres humanos.
Alberto Einstein (1879-1955), Prêmio Nobel em 1921 e autor de inúmeros trabalhos de física teórica, disse: “No dia em que as abelhas desaparecerem do globo, o homem não terá mais que quatro anos de vida”. A corrida desenfreada do progresso científico causa fenômenos que estão relacionados ao desaparecimento gradual destes insetos. Desmatamentos, plantas geneticamente modificadas, pesticidas químicos e o aquecimento global são algumas das possíveis causas.
Este desaparecimento já preocupa também o Brasil. A situação pode ser considerada grave e exige atenção redobrada das autoridades. O homem, pelo conhecimento e pesquisas, passou a entender melhor o mundo das abelhas. E passou, também, a conviver com elas. Mas parece ter criado uma síndrome neste relacionamento ao não levar a sério o problema da extinção. A falta das abelhas afetará sensivelmente a renovação da biodiversidade e até a própria produção alimentar. Já existem desertos de cultura, sem qualquer abelha polinizadora. Aos poucos, a humanidade vai seguindo um caminho sem volta, por estar mais preocupada com a ferroada do que com a importância da polinização. Esquecem que a falta das abelhas afetará sensivelmente a renovação da biodiversidade e até a própria produção alimentar. Já existem desertos de cultura, sem qualquer abelha polinizadora.  O homem, com seu progresso e ganância, invade os campos, quintais e jardins, pulverizando e aniquilando possibilidades e mananciais. As colméias sentem a falta do néctar e as abelhas choram a morte das flores. O zumbido clama no ar a eterna primavera e a ferroada vinga na carne o mal praticado. Sem campos floridos, quintais adornados e jardins viçosos cessam os vôos do trabalho.


A falta das abelhas afetará sensivelmente a renovação da biodiversidade e até a própria produção alimentar. Já existem desertos de cultura, sem qualquer abelha polinizadora.