Dia Mundial da Água

Cuidando dos Efluentes

21 de março de 2009

GM do Brasil recebe “Selo Rio Vivo” no vale do rio Paraíba do Sul

A GM do Brasil foi pioneira na instalação de Estações de Tratamento de Efluentes dentro do setor automobilístico. Essa foi uma das principais ações que permitiu à companhia a conquista do ISO 14001. A implantação da coleta seletiva em todas as unidades da GM Brasil, a reciclagem de materiais e o programa de auto-monitoramenteo de qualidade da água, ar e resíduos sólidos também foram fundamentais. Desde 1976, a GM tem um departamento específico para gerenciar a área do meio ambiente.


 É importante destacar que o vale do rio Paraíba do Sul reflete todo o modelo histórico de ocupação no Brasil. Foram vários ciclos econômicos, grande diferença socioeconômica regional e terrível degradação ambiental. Neste contexto que se insere o exemplo de uma grande indústria como a General Motors, que tem uma unidade fabril em São José dos Campos (SP).
Não foi por acaso que o complexo industrial automotivo de São José dos Campos da GM do Brasil recebeu da Rádio e TV Band Vale o “Selo Rio Vivo” por suas ações concretas na preservação do meio ambiente na região do Vale do Paraíba. A homenagem fez parte do projeto “Rio Vivo”, uma parceria entre o Comitê das Bacias Hidrográficas do Rio Paraíba do Sul e a Rede Band de Rádio e Televisão, que incentiva o debate para práticas de preservação dos recursos hídricos na região do Vale do Paraíba, por meio de um concurso aberto às escolas públicas e particulares.
O presidente da GM Brasil, Ray Young, lembra o motivo destas ações: “Como empresa cidadã, a GM tem uma política ambiental muito bem definida, que se aplica a todas as suas operações dentro e fora dos Estados Unidos, e aqui no Brasil não podia ser diferente”. Daí que a GM Brasil foi pioneira na instalação de uma estação de tratamento de efluentes dentro do setor automobilístico, que começou a funcionar, na fábrica de São Caetano do Sul.
O vice-presidente da GM Brasil, José Carlos Pinheiro Neto, explica que a unidade de São José dos Campos ampliou e modernizou sua estação de tratamento de efluentes em 1978 com capacidade para tratar 5.400 m³ entre efluentes oleosos, industriais e sanitários. O complexo também possui uma área de 100.000 m² com árvores de madeira de lei, três mil árvores frutíferas plantadas pelos próprios funcionários e até um lago, onde vivem peixes de várias espécies.
“Nossa preocupação com o meio ambiente pode ser comprovada pelas imensas áreas verdes que ainda ocupam as nossas unidades. Temos o compromisso de perpetuar ações preventivas para diminuir os impactos ambientais. Este reconhecimento do projeto ‘Rio Vivo’ foi muito gratificante para nós”, acrescenta Pinheiro Neto.
Com a implantação do Sistema de Gestão Ambiental, a GM apresenta resultados positivos no sistema. Já houve uma redução de 30% no volume do efluente na estação de tratamento no complexo de São José dos Campos, devido a otimização do processo e eliminação de perdas, além da instalação de equipamentos de controle total de emissão de gases, substituição de energia elétrica por gás natural, entre muito outros benefícios ambientais.


Bacia do Paraíba do sul, modelo histórico de ocupação


Vale a pena saber um pouco mais sobre a bacia do rio Paraíba do Sul, onde se concentra grande parte do PIB brasileiro e uma população distribuída em 180 municípios de três estados: São Paulo, Minas e Rio de Janeiro. O rio Paraíba do Sul e seus nove maiores afluentes das margens direita e esquerda se constituem em corpos receptores dos esgotos sanitários, praticamente sem tratamento, além dos efluentes industriais e do lixo lançado em suas águas


• A área de drenagem da bacia é de 55.500 km2, sendo que 25% pertencem ao Estado de São Paulo (13.900 km2), 37,3% a Minas Gerais (20.700 km2), abrangendo parte da Zona da Mata Mineira; e 37,7% ao Estado do Rio de Janeiro (20.900 km2).


• O sistema de drenagem dessa bacia é constituído por cursos de água de domínio da União e dos três estados. Nela, estão inseridos, total ou parcialmente, 180 municípios, sendo 88 em MG, 53 no RJ e 39 em SP, com uma população aproximada de 5,3 milhões de habitantes, dos quais 87% vivem em áreas urbanas.


• O rio Paraíba do Sul nasce na serra da Bocaina, em São Paulo, a uma altitude de 1.800m, e deságua no oceano Atlântico, no município de São João da Barra, após percorrer uma extensão aproximada de 1.150km. Seus principais afluentes são, pela margem esquerda, os rios Jaguari, Paraibuna, Pirapetinga, Pomba e Muriaé e, pela margem direita, os rios Bananal, Piraí, Piabanha e Dois Rios.


 • A vazão média de longo termo do rio Paraíba do Sul em Campos dos Goytacazes é de 814 m3/s.


• O processo de exploração dos recursos naturais da bacia reflete todo o modelo histórico de ocupação no Brasil, caracterizado pela descontinuidade dos ciclos econômicos, pela diferença sócioeconômica regional e pela degradação ambiental, entre outros vários fatores.


• Entre os principais problemas da bacia estão o despejo de efluentes [dejetos líquidos ou gasosos emitidos por indústrias ou residências] sem tratamento adequado, lixões, desmatamento e erosão, uso indevido de agrotóxicos e falta de consciência ambiental.