Coluna do Meio

22 de abril de 2009

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“Árvores em pé


Cada vez que aparece uma área desmatada mostra que o governo já perdeu a guerra. O que o País precisa não é de denúncias ou punições, mas de uma estratégia dura para impedir os desmatamentos. E o desmatamento mudou de perfil. Agora atinge também propriedades com menos de 100 hectares.



Carlos Minc, ministro do Meio Ambiente,
pedindo novas táticas no combate ao desmatamento
.”


 


Fundo da floresta 1
•Atenção empresários: se a questão para a defesa da floresta é econômica, vem um jogo econômico para valer.
•O BNDES tem 110 milhões de dólares para gastar em ações de desmatamento.
•Até 2015, o valor pode superar US$ 1 bilhão, proveniente de doação da Noruega.
•O Fundo da Amazônia deve permitir que a lógica da destruição da biodiversidade mude para o modelo de receber para manter a floresta em pé.


Fundo da floresta 2
•É de olho nesse fundo que governos, ONGs e iniciativa privada começam a falar o mesmo idioma.
•O BNDES recebeu até agora 25 consultas para projetos de Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação.
•Um exemplo de investimento: o Inpe deve receber verba do Fundo da Amazônia para antecipar o lançamento de dois satélites de monitoramento ambiental.


Marina Morena
•A ex-ministra Marina Silva virou símbolo da Amazônia.
•A senadora da floresta receberá a tradicional premiação concedida pela Fundação Sophie, da Noruega, dia 17 de junho, em Oslo.
•Valor do prêmio: 100 mil dólares.
•Criada em 1997, a honraria reconhece pessoas e organizações que ajudam a reforçar a consciência ambiental.


Mão invertida 1
•O caos verde imperou na Ponte Rio-Niterói e provocado por uma ação do Greenpeace.
•Sim, por fazer um protesto ambiental “Clima e Pessoas Primeiro”, a ousada ONG provocou um engarrafamento de 18km.
•Pior: segundo cálculos da ONG Iniciativa Verde, com base na quantidade de veículos que cruzam a ponte no horário, o congestionamento que durou toda manhã gerou uma emissão extra de dióxido de carbono de 20 toneladas.
•Para que o protesto do Greenpeace não saia pela culatra, a compensação ambiental seria com um plantio de 100 árvores.


Mão invertida 2
•Em tempo de Semana dos Povos Indígenas, outra mão invertida.
•A Justiça Federal condenou dois índios por vender documentos indígenas para não-índios.
•Gilberto Manoel Freire e Jurandi Manoel Freire, que agiam em Pernambuco, vendendo documentos, foram condenados por falsidade ideológica.
•Cabe recurso. Gilberto foi condenado a dois anos de reclusão e Jurandi, a quatro anos e meio.
•Os documentos permitem a não-índios usufruir de privilégios perante o INSS, atendimento diferenciado pela Funasa, acesso às políticas públicas direcionadas aos indígenas e assistência da Funai