ENGENHARIA do Medo

22 de abril de 2009

Um aterro aqui, um desvio ali, uma barragem acolá e o homem vai deturpando os benefícios da natureza com sua engenharia. Já não importa mais as utilidades naturais, agora elas devem servir aos propósitos que a humanidade imaginar. Um hábito maléfico de mandar na natureza e modificar suas finalidades. A água é uma das matérias-primas… Ver artigo


Um aterro aqui, um desvio ali, uma barragem acolá e o homem vai deturpando os benefícios da natureza com sua engenharia. Já não importa mais as utilidades naturais, agora elas devem servir aos propósitos que a humanidade imaginar. Um hábito maléfico de mandar na natureza e modificar suas finalidades. A água é uma das matérias-primas mais importantes de que o homem necessita. Com o aumento da população, do desenvolvimento industrial e agrícola, as reservas de águas diminuem e as alternativas constituem um desafio para todas as épocas.
Neste buscar de soluções a humanidade se contradiz e aquilo que deveria ser um benefício, torna-se fator de gravidade. A engenharia poluente é aplicada diariamente, muitas vezes de maneira despercebida, mostrando resultados surpreendentes. Papéis, plásticos, ferragens e outros materiais, servem de substância para formar estruturas de impacto ambiental que provocam ações não fundamentadas pela natureza.
A água que nos dá vida também pode tirá-la e quando isto acontece, na maioria das vezes é culpa exclusiva dos humanos.
Impressionante como a água tem sido alvo destas realizações e quando os resultados são arbitrários, a culpa recai nas próprias bases, sendo ignoradas as condições aplicadas pelo homem.
Com o lixo diário, nos tornamos profissionais autodidatas e aplicamos nossa experiência em obras não planejadas e muito menos fiscalizadas. Entupimos os bueiros e as ruas enchem-se de água; assoreamos os riachos e casas e quintais são inundados; corrigimos as correntezas e elas levam tudo que encontram pela frente; colorimos as águas e elas tornam-se impróprias para consumo e vida.
Já disseram que a natureza é perfeita e nela não se deve mexer, pois ela sabe se virar sozinha. Ela tem seus direitos e as lições que nos são aplicadas parecem estar longe do entendimento. A água que nos dá vida também pode tirá-la e quando isto acontece, na maioria das vezes é culpa exclusiva dos humanos. Uma cientista e escritora norte/americana, disse: “O homem é parte da natureza e sua guerra contra ela é inevitavelmente uma guerra contra si mesmo”.                      


“A água que nos dá vida também pode tirá-la e quando isto acontece, na maioria das vezes é culpa exclusiva dos humanos.”