Patrimônio Natural

Cânion do rio Poti

25 de maio de 2009

Beleza cênica, gravuras rupestres, florestas, cerrado e a soleira da serra da Ibiapaba: um cenário que pode acabar com uma barragem hidroelétrica.

           A oportunidade em desvendar o desconhecido fazia parte da aventura. Os obstáculos, todos sabiam, eram muitos. Às primeiras caminhadas, quando a expedição adentrava os rincões do Piauí e Ceará, as paisagens surgiam e inebriavam a todos. A beleza das matas de transição do Cerrado, Caatinga e Cocais,  somadas às enigmáticas gravuras rupestres e aos cânions formados por fendas geológicas muito antigas, formam um cenário de rara singularidade.
O Poti é afluente do rio Parnaíba. Nasce na Serra da Joaninha, município de Quiterianópolis/CE. Segue no sentido norte até a cidade de Crateús onde desvia para o leste, atravessando a Serra da Ibiapaba e penetrando no Piauí. 


Fotos: Juscelino Reis


O cânion do rio Poti nasce de um fenômeno geológico, devido à passagem do rio por uma fenda situada na serra Ibiapaba entre o Piauí e o Ceará. O fenômeno proporciona uma das mais belas paisagens do Nordeste e é ainda uma região pouco visitada, mas abriga um relevo, flora e fauna que precisam ser preservados.


 


 


Segundo os geólogos e muitos pesquisadores, o rio Poti deveria seguir para o litoral cearense, mas devido  a falha geológica ocorrida há milhões de anos, ao chegar próximo à  cidade de Castelo do Piauí, o rio   atravessa a serra e segue para o Piauí, para finalmente desembocar no Rio Parnaíba, na Vila do Poti, já em Teresina.
Os paredões, as gargantas e as rochas são cheias de escavações provocadas pela correnteza. Daí as estranhas e belas cavernas de pedras ponteagudas que se formam. Estas cavernas acabaram sendo abrigos para homens e animais. Hoje são utilizadas como abrigo por pescadores e turistas.