ÁRVORES EM AGONIA

20 de agosto de 2009

Germinar, crescer, florir, frutificar e auxiliar a natureza a vivificar nosso planeta é tudo que as árvores desejam.


A maioria dos plantios está incorporada ao abate do amanhã e a visão do lucro é maior que a garantia de sobrevivências das espécies. Ignora-se a contribuição das árvores na formação de ambientes diversificados e que possuem um ecossistema individual, abrigando uma variedade enorme de outros seres. Uma vida misturada com outras vidas. Quando uma delas é derrubada, elimina-se uma cadeia que, de uma maneira ou outra, desde a raiz até a copa, complementa nossa própria existência.
Embora sua utilização seja explorada em vários produtos para o conforto humano, muitas espécies estão sendo adaptadas a diferentes culturas e povos, para uma utilização ainda mais abrangente destes benefícios. Mais uma prova de que a vida humana está interligada à sua existência, embora esta ação esteja modificando as finalidades ecossistemáticas. Uma ação que para muitos especialistas, aumenta a vulnerabilidade climática, podendo ser fator de desastres ambientais. Tais fenômenos confirmam a necessidade de se manter as árvores protegidas da interferente ganância humana.
 Germinar, crescer, florir, frutificar e auxiliar a natureza a vivificar nosso planeta é tudo que as árvores desejam. As mãos que revolvem a terra por todos os lados, depositando nelas as mudas ou sementes com suor e esperança, provocam a dúvida no ato praticado, embora a decisão do plantar ou morrer permaneça.


Que a absurda destruição não seja irreversível e que o ruído do farfalhar das folhagens continue substituindo o estrondear da tecnologia gananciosa.



O que o futuro reserva para as árvores semeadas, germinadas ou crescidas, continua uma incógnita. Provavelmente, erguerão monumentos grandiosos em sua homenagem, assim como é feito com muitas pessoas ditas famosas. Que a absurda destruição não seja irreversível e que o ruído do farfalhar das folhagens continue substituindo o estrondear da tecnologia gananciosa. Se as árvores se perpetuarem na história do “Era uma vez…”, provavelmente, os humanos também o serão.