Congresso & Meio Ambiente
21 de setembro de 2009Minc, Ideli e a COP 15 • O ministro Carlos Minc (foto) solicitou ao Congresso Nacional a apresentação de propostas para fundamentar a posição brasileira na Conferência do Clima (COP 15) que será realizada em dezembro próximo em Copenhague, na Dinamarca.• Minc, que participou de uma reunião da Comissão Mista Parlamentar de Mudanças Climáticas,… Ver artigo
Minc, Ideli e a COP 15
• O ministro Carlos Minc (foto) solicitou ao Congresso Nacional a apresentação de propostas para fundamentar a posição brasileira na Conferência do Clima (COP 15) que será realizada em dezembro próximo em Copenhague, na Dinamarca.
• Minc, que participou de uma reunião da Comissão Mista Parlamentar de Mudanças Climáticas, recomendou aos parlamentares a votação de projetos relevantes para a proposta a ser apresentada ao Brasil, inclusive o de criação do Fundo de Compensação de Mudanças Climáticas.
• O presidente da Comissão, senadora Ideli Salvatti (PT-SC), propôs a inclusão do projeto de lei 5.367, de 2009, que institui o Código Ambiental Brasileiro e prevê compensação financeira aos produtores rurais que preservam a natureza.
Zero Queimadas
• O ministro Carlos Minc anunciou que o MMA teve sucesso na negociação com o setor siderúrgico, que terá prazo de oito anos para plantar todas as árvores necessárias para compensar o uso que faz de carvão vegetal.
• Já para os produtores de cana-de-açúcar a meta é de, em cinco anos, obter “zero queimadas” nas áreas mecanizáveis, com aproveitamento da palha de cana para produção de energia.
• Durante o debate, o ministro salientou que o governo vem tomando medidas de adaptação a mudanças climáticas em projetos vinculados ao PAC.
• Minc citou como exemplo o projeto realizado na região da Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, em que foram construídos diques como prevenção ao possível aumento do nível do mar.
COLLOR E O PRÉ-SAL
• Especialistas ouvidos na Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado, durante o painel Petróleo, Etanol e Biocombustíveis: Diferenciais Estratégicos, defenderam um planejamento de longo prazo para o setor.
• Ao final da audiência pública, o presidente da Comissão, senador Fernando Collor (PTB-AL), designou um grupo de trabalho com o objetivo de debater e apresentar sugestões para a elaboração de um marco regulatório para o setor de biocombustíveis.
• Collor informou que mais importante do que o Brasil fizer com o petróleo do pré-sal é o que o Brasil fará com os recursos provenientes de sua exploração. Para Collor, os recursos têm de ser utilizados no desenvolvimento da educação, da pesquisa, e do meio ambiente.
Gilberto Goellner e o óleo vegetal
Gilberto Goellner (DEM-MT)
• A Comissão de Agricultura do Senado aprovou projeto de autoria do senador Gilberto Goellner (DEM-MT) autorizando a comercialização e o uso do óleo de origem vegetal, puro ou com mistura, como combustível para diferentes veículos.
• Segundo o senador, em virtude do potencial de produção e a tradição de cultivo de plantas oleaginosas no País, o uso do óleo vegetal como combustível automotor não comprometerá a oferta desse produto para fins alimentares.
• O relator do projeto, senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), propôs a inclusão do transporte de pessoas e mercadorias como forma de melhorar a qualidade do ar nos centros urbanos.
Carro elétrico sem IPI
• Controle da emissão de poluentes pelos carros nacionais, investimentos em combustíveis mais limpos, incentivos à produção de biodiesel e estímulos à fabricação de automóveis elétricos estão entre as medidas que os senadores defendem para combater a contaminação do ar nas grandes cidades por mais de 30 milhões de veículos.
• O projeto 44, de 2009, do senador Flávio Arns (ex-PT/PR) já aprovado na Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado, isenta de IPI por dez anos os veículos movidos a eletricidade, para transporte de passageiros e de cargas, como os minicarros, equipados com motor elétrico, motor a combustão flex ou com motor hídrico-elétrico flex.
• Na Câmara dos Deputados, uma dezena de projetos busca contribuir para a redução da poluição nas grandes cidades, com sugestões como a afixação de uma etiqueta indicando os níveis de emissão de cada veículo, maior rigor nas inspeções dos motores pelos órgãos ambientais e de trânsito e até mesmo obrigando as montadoras a só produzirem automóveis cujo índice de emissão de poluentes atmosféricos seja igual a zero.
Agricultura e o aquecimento global
• Representantes de entidades ligadas à agropecuária rejeitaram a idéia de que o setor seja um dos maiores responsáveis pelo aquecimento global e apontaram caminhos para uma agricultura sustentável, que contribua para a redução das emissões de gases de efeito estufa.
• Segundo os participantes do seminário sobre o tema, realizado na Comissão de Agricultura da Câmara, convocado pelo deputado Beto Faro (PT-PA), o Brasil tem condições de reverter o quadro, desde que haja envolvimento de governos, institutos de pesquisa e grandes e pequenos agricultores.
• Alessandra Luna, vice-presidente da Contag, uma das participantes do seminário, reforçou a tese de que os sistemas de produção estão relegados a plano secundário no Brasil.
Barbosa Serra e o aquecimento global
• O embaixador extraordinário para Mudança do Clima, Sérgio Barbosa Serra, que também participou das discussões, afirmou que a posição do Brasil nas negociações internacionais sobre aquecimento global leva em conta os interesses nacionais, mas também considera as recomendações da ciência.
• Barbosa lembrou que o Brasil ainda não chegou a nenhuma porcentagem de redução das emissões de gases do efeito estufa e que isso será discutido entre vários ministérios, especialmente os do Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia e Relações Exteriores.
• Para o embaixador, o que se exige é que os países desenvolvidos adotem até 2020 metas entre 25% e 40% de redução das emissões e que países em desenvolvimento reduzam a curva de crescimento dessas emissões. Para tanto – afirmou – “estamos preparados para chegar a Copenhague com números que representem a queda.”
Camata e o descarte de embalagens
• A Comissão de Meio Ambiente do Senado aprovou regras para o descarte de embalagens vazias de produtos veterinários que contenham pesticidas em sua fórmula, para evitar danos às pessoas e ao meio ambiente.
• Os compradores ficarão obrigados a devolver as embalagens e o ministério da Agricultura terá de coordenar um sistema envolvendo fabricantes e revendedores, de recolhimento e destinação final dos recipientes.
• O texto do projeto 718, de 2007, do senador Gerson Camata (PMDB-ES), estabelece que as embalagens sejam devolvidas pelo comprador ao comerciante que vendeu o produto, mas o relator, senador César Borges (PR-BA), fez uma alteração para determinar que caberá ao ministério da Agricultura definir as regras finais para o descarte.