Dia da Árvore e Início da Primavera
21 de setembro de 2009A Festa da Árvore é uma tradição muito antiga nos EUA e países da Europa, África e Ásia. Aqui no Centro e Sul brasileiro, com o início da Primavera, comemoramos também o Dia da Árvore
Mais um tempo de reflexão contra o aquecimento global e a preservação das florestas
Foto: Rui Faquini
Mais do que um sentido popular, tem um sentido mitológico e até religioso. A Festa da Árvore se iniciou, oficialmente, em 1872, como o “Arbor Day” em Nebraska, EUA. Foi justamente para combater a aspereza do clima que o governador da época incentivou mais do que a proteção das árvores, estimulou a plantação de árvores de diversas espécies. E para dar o exemplo, promulgou uma lei instituindo o “Dia da Árvore” em 22 de abril. Pelo ano de 1920, cada estado norte-americano passou a publicar leis proclamando tanto o Dia da Árvore como também o Dia da Ave. As datas, como no Brasil, são diferentes devido a época das chuvas ou situação climática. O importante é aproveitar estas datas para incentivar os plantios e promover a preservação da fauna e flora.
Várias nações seguiram o exemplo. O Brasil foi um dos primeiros países a escolher a data de 21 de setembro, por ser o início da Primavera. Em fevereiro de 1965, o então presidente Castelo Branco sancionou o decreto-lei 55.795, que instituiu datas diferentes para comemorar a “Festa Anual da Árvore”: no Centro-Sul, continuava o dia 21 de setembro, início da Primavera. No Norte e Nordeste do País, na a última semana de março. O motivo é simples. Para se plantar, há necessidade das chuvas. Se em setembro tem início o período de chuvas no Centro Sul, em março tem início o período das chuvas no Nordeste.
A celebração do Dia da Árvore, assim como as várias celebrações ligadas ao meio ambiente como o Dia Mundial da Água, Dia da Ave e o Dia da Terra, é mais uma oportunidade para envolver as pessoas na conscientização pela preservação da natureza e na luta contra o aquecimento global.
Poema exposto na porta do Castelo de São Jorge – Portugal para meditação dos viajantes.
VIAJANTE
Tu que passas e ergues para mim o teu braço
Antes que me faças mal, olhe-me bem!
Eu sou o calor do teu lar em noites frias de inverno
Eu sou a sombra amiga que tu encontras
quando caminhas sob o sol.
Os meus frutos são a frescura apetitosa
que te sacia a sede nos caminhos.
Eu sou o cabo da tua enxada
A porta de tua morada
A madeira do teu berço e o teu próprio caixão
Eu sou o pão da bondade e a flor da beleza
Tu que passas, olhe-me bem!
Mas não me faças mal.
(Castelo de São Jorge – Lisboa)