Saúde & Camada de Ozônio
21 de setembro de 2009Aquecimento global quebrou o escudo da Terra
Carlos Minc participou da ação e reforçou a importância da proteção da camada de ozônio, bem como de uma mudança de comportamento. A ação pública foi direcionada a professores e crianças de escolas públicas do DF, ES, BA e turistas, em Brasília.
Em parceria com a ONG Programa Sol Amigo, o Ministério do Meio Ambiente promoveu, em Brasília, um evento quando foram distribuídas cartilhas sobre a camada de ozônio e seus impactos na saúde humana, folders explicativos sobre a proteção da camada e a mudança de atitude esperada da população, além de um DVD com desenho animado para ser exibido em escolas e creches. O ministro Carlos Minc participou da ação e reforçou a importância da proteção da camada de ozônio, bem como de uma mudança de comportamento por parte dos cidadãos. A ação pública foi direcionada a professores e crianças de escolas públicas do Distrito Federal, Espírito Santo e Bahia, turistas e transeuntes. “Com a educação ambiental, os filhos passam a contribuir para a informação dos pais”, afirmou Minc.
O ministro reforçou que é muito importante relembrar a população sobre os riscos da exposição ao sol entre 10h e 16h, e que todos devem estar sempre protegidos, inclusive as pessoas de pele escura. Como o gás CFC é um importante fator de destruição da camada de ozônio, Minc anunciou que hoje está sendo inaugurado em Pernambuco um equipamento que retira o gás das geladeiras velhas, de forma que fique guardado em cápsula. “Até o final do ano pretendemos lançar um grande programa de troca de geladeiras. A pessoa que levar a geladeira velha vai ter um desconto na compra do produto novo”, completou. O ministro disse que também foi promovido um treinamento para mecânicos, em parceria com o Senai e o Senac. A instrução é que quando um mecânico for consertar uma geladeira que contenha CFC, ele deve capturar o gás, fazer o conserto e injetá-lo novamente no equipamento, sem permitir que a substância vaze.
Escudo da Terra
O oncologista Reynaldo José Santana, coordenador do Hospital do Câncer de Franca (SP), também participou da ação. Ele explicou que a camada de ozônio é o escudo da Terra e, sem essa proteção, não seria possível a vida das espécies que hoje habitam o Planeta, pois ela filtra e absorve parte da radiação ultravioleta que o sol emite.
A diminuição da camada aumenta o índice de raios. Com isso, aumentam as doenças relacionadas, como o câncer de pele, catarata, feridas na pele, herpes, dentre outras. No Brasil, o câncer de pele corresponde a 25% dos casos da doença e é o principal tipo, sendo que o segundo e terceiro tipos somados não alcançam esse número. “É altamente previnível, mas é necessária a mudança de comportamento das pessoas”, alerta o médico. Todas as estatísticas de estimativa do Instituto do Câncer (INCA) a partir de 2004, colocam o câncer de pele como o mais recorrente no País. Dados do instituto apontam cerca de 116 mil casos por ano. Entre os motivos, de 50% a 70% são resultantes da exposição excessiva aos raios ultravioletas, e as câmaras de bronzeamento também são consideradas fatores de desencadeamento da doença.Para o oncologista, a melhor estratégia é orientar as crianças a adotarem as formas de prevenção. O filtro solar deve ser aplicado meia hora antes do sol e reaplicado a cada duas horas. Além disso, nas atividades físicas que envolvem água, o produto deve ser reaplicado instantaneamente. O uso de chapéu e óculos de sol também é recomendado.
“As pessoas podem conferir o índice de radiação ultravioleta, que pode ser acessado no site do Inpe diariamente”, informa o oncologista.