A novidade política para 2010

PV repete estratégia do PT

12 de outubro de 2009

PV aposta em Marina Silva para fazer sucessor de Lula no ano que vem

 Senadora Marina Silva


 


 


Apesar de muitos problemas com sua bancada (qual o partido político que não tem) o Partido Verde quer ser a novidade nas eleições de 2010. Para tanto, filiou a senadora Marina Silva (PV-AC) e vários executivos de peso. O que os ambientalistas não aceitam é que a legenda coloque debaixo do tapete probleminhas relacionados à ética e compromissos de muitos de seus líderes e parlamentares filiados. Por exemplo: tem deputado do PV respondendo dois inquéritos no STF,  um prefeito é acusado de comprar votos, distribuindo dinheiro e combustível e um vereador de capital foi cassado sob a acusação de fraude eleitoral.
Segundo noticiou o Estado de S. Paulo, o  PV ainda emprega na Câmara dois assessores de confiança denunciados pelo Ministério Público por envolvimento no desvio de recursos para compra de ambulâncias, na chamada máfia dos sanguessugas. O “Estadão” ainda foi mais longe e provou que quando o assunto é dinheiro, o PV também não escapa. Teve de devolver recentemente R$ 94 mil aos cofres públicos por irregularidades na prestação de contas do fundo partidário ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Foi acusado de sonegar documentos, não comprovar despesas e até apresentar notas fiscais de empresas inexistentes e extintas.


Neoverdes clonam Alencar
Seguindo a estratégia usada pelo PT, nas eleições de 2002, quando foi fucar no PR de Minas Gerais o então senador José Alencar, o PV também quer passar ao eleitorado a imagem de respeito ao eleitorado e ao mercado. Mais ainda: aos compromissos assumidos pelos governos anteriores.
Segundo um líder do PV, ao trazer para a legenda nomes de empresários vitoriosos, “pas samos a imagem de excelência administrativa e credibilidade na hora de buscar fundos para a campanha”. Neste movimento rumo as eleições de 2010 e para compor este xadrez político, o PV recebeu a filiação de vários empresários. Entre os “neoverdes” estão Guilherme Leal (presidente do Conselho de Administração da Natura), Fernando Simões (do Moinho Brasil), Enrique Svirsky (presidente do Instituto Socioambiental), Roberto Klabin (presidente da Klabin), Ricardo Young (presidente do Instituto Ethos), Fernando Monteiro Garneiro (Braslinvest), Guerino Balestrassi (presidente do Banco de Desenvolvimento do ES), Ana Paula Junqueira (apresentadora), e o jurista José Afonso da Silva, entre outros.  


Dois detalhes importantes
Primeiro detalhe: todos os neoverdes estão dispostos a bancar, integrar e servir à candidatura de Marina Silva ao Palácio do Planalto. Segundo detalhe: nestas negociações, está evidente uma outra verdade: a porta de apoio dos verdes estará aberta para os tucanos de José Serra ou Aécio Neves num provável segundo turno.