Folha do Meio Ambiente

a maioria das vezes, falar sobre ecologia compromete as razões da palavra, principalmente quando não satisfazem interesses pessoais. Falar ecologicamente não significa colocar barreiras ao progresso, mas sim, elucidar de maneira concreta a importância da preservação para que a vida continue fluindo em nosso planeta.
Todo local habitado pelos humanos já foi uma área composta de alguma vegetação, mas o progresso, considerado natural e necessário, foi ocupando os espaços e derrubando tudo em desacordo às leis da natureza. Na realidade, as matas têm sido um enfeite desnecessário para o progresso, tendo seu equilíbrio ecológico perturbado e se tornado uma situação calamitosa em vários aspectos.
Tentando contrabalançar erros cometidos, autoridades desenham e criam reservas florestais para mostrar às pessoas, aquilo que estão a destruir ao longo do tempo. Por necessidade do crédito ao realizado, rotulam o local e abrem perspectivas para que todos conheçam a grandiosidade da obra. Então, naquilo que consideram área de preservação, realizam melhorias para facilitar o acesso do público e a tecnologia vai aos poucos invadindo tudo: abrem trilhas em lugares ainda não existentes, modernizam as criadas pela natureza, erguem torres de observação, constroem abrigos, áreas de camping, restaurantes e elevadores panorâmicos. Depois, dizem que o dinheiro arrecadado será para a preservação da flora e da fauna, que antes eram preservadas pelas condições naturais existentes. Sé é para ser área de preservação, deveria ser tudo original, sem a presença das mãos humanas e suas manipulações infernais.
Cedo ou tarde, a liberação aos visitantes dominará o ambiente e corromperá mais um montante da diversidade biológica. Mesmo que estas áreas possam contar com a colaboração da coletividade, sempre haverá obras interesseiras para o descumprimento das leis de preservação. Qualquer tipo de progresso gera algum impacto, entretanto, a ganância humana está sendo maior que a sustentabilidade objetiva da vida no planeta.

Qualquer tipo de progresso gera algum impacto, entretanto, a ganância humana está sendo maior que a sustentabilidade objetiva da vida no planeta.