Coluna do Meio

21 de dezembro de 2009

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Paradoxo
“Copenhague abre uma nova Guerra Fria”.


Agora a guerra não é mais nuclear e sim contra o aquecimento global.


 


Megausinas: prós e contras


• Os estudiosos em energia continuam na pregação:
• O desejável é que a expansão do sistema elétrico nacional evolua para uma geração distribuída e diversificada;
• Megausinas hidrelétricas como Itaipu geram energia barata, mas têm a desvantagem de ficar longe dos centros de consumo. A construção de longas linhas de transmissão são caras e criam certa vulnerabilidade no sistema interligado.
• O importante é ter mais usinas, de menor porte e com participação de várias fontes de energia, além da hidráulica de grande porte;
•Bom, também, contar com PHCs – pequenas centrais hidrelétricas ou termelétricas (alimentadas com biomassa renovável (bagaço da cana) próximas aos centros de consumo.


Amazônia: mudanças irreversíveis
• Estudo sobre várias regiões do mundo, realizado pelo grupo de seguros Allianz em parceria com a ONG WWF, revela:
• A floresta amazônica é uma das áreas que estão perto de atingir limites de temperatura capazes de provocar mudanças irreversíveis.
• E o estudo entra também numa questão crucial, perda financeira. Para a Allianz /WWF, quando a floresta Amazônica tiver perdido 4 milhões de km2, o prejuízo ao PIB brasileiro pode chegar a cerca de US$ 9 bilhões.


Eleições e os poluidores
• A doação em 2006 foi na casa dos R$ 60,8 milhões. Em 2010, vai aumentar.
• São 38 empresas, pertencentes a áreas da indústria que emitem grande quantidade de gases-estufa, que contribuíram R$ 60,8 milhões para campanhas eleitorais de 2006 no Brasil.
• Os doadores pertencem a 12 associações nacionais representando indústrias de grande intensidade de carbono no agronegócio, energia, carne, papel e celulose, cimento, mineração, óleos vegetais e siderurgia. A verdade nua e crua é que o financiamento vindo das indústrias poluidoras ajudou a eleger metade da comissão da Câmara dos Deputados que está considerando mudanças no Código Florestal.


Óleo nas tartarugas
• Não é possível que navios continuem a derramar petróleo com tanta freqüência.
• A Praia do Degredo, litoral norte do Espírito Santo, área de reprodução das tartarugas ameaçadas de extinção, foi atingida terrivelmente pelo óleo que vazou durante o carregamento do navio Pirajuí, da Transpetro.
• Foram dois mil litros de petróleo bruto. Um pecado mortal!


Copenhague é aqui
• As mudanças climáticas estão fazendo o sertão ferver.
• A informação do Laboratório Meteorológico de Pernambuco é preocupante.
• Já chega a quatro graus a elevação de temperatura no sertão.
• Além do aquecimento global, o sertão pernambucano é vítima do desmatamento provocado pelo consumo de lenha para alimentar fornos da indústria gesseira.


Natura e a Amazônia
• O lucro da Natura com a Amazônia é muito grande.
• As essências originárias da Amazônia contribuem com 15% do volume de negócios da maior indústria de cosméticos do Brasil.
• Para Guilherme Leal, do Conselho da Natura, a estratégia tem sido substituir as essências de origem petroquímica pelos insumos produzidos com plantas encontradas na Amazônia. Para se ter uma idéia, hoje a relação industrial é a seguinte: 60% dos produtos vem de essências florestais e 40% de origem petroquímica.


Alternativa exótica
• A Feira Internacional da Amazônia, realizada em novembro, mostrou algo que poucos querem ver.
• A Amazônia tem muitas alternativas econômicas explorando o turismo, as frutas, óleos, bebidas, aromas, artesanato e folhas de mais de 13 mil árvores.
• É só deixar a floresta em pé, gente!


“Em Copenhague, vão fazer muitas
promessas e vai ter muito discurso. Só
demagogia. Não tem como cumprir
 essas metas. Se você olhar o protocolo de Kioto, a Europa não reduziu
absolutamente nada, ao contrário.”
Do prof. Luiz Carlos Molion,
representante da América Latina na Organização Meteorológica Mundial