ECOS DE COPENHAGUE

Fórum de governadores

22 de dezembro de 2009

Governors Climate Forum leva Arnold Schwarzenegger a Manaus em 2010

O astro e governador
da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, assumiu o compromisso de estar em Manaus, no início de 2010, para o Governors Climate Forum.


 


 


 


A principal temática era a transmissão de liderança, que era exercida pela Califórnia com o astro-governador Arnold Schwarzenegger à frente, para os governadores Eduardo Braga (Amazonas) e Ana Júlia (Pará) como co-presidentes.  Renovou-se o compromisso de tomar ações a nível nacional caso os países não cheguem a um claro acordo em Copenhague. , Isto, especialmente com a inclusão de florestas tropicais no sistema de redução de emissões da Califórnia que entrar em ação em 2012.  O Governador Schwarzenegger também assumiu o compromisso de comparecer ao próximo evento do grupo, que acontecerá em Manaus, no primeiro trimestre de 2010.
Na verdade, os governadores Ana Júlia Carepa (PA), Binho Marques (AC), Eduardo Braga (AM), Waldez Góes (AP), Blairo Maggi (MT) e Carlos Gaguin (TO) construíram agendas conjuntas e paralelas em busca de apoio para seus programas e projetos. Eles reforçaram a parceria que está selada com os estados da Califórnia, Illinois e Winsconsin.


 


ECOS DE COPENHAGUE


SEM COSQUINHA – “Não faz nem cosquinha” foi a reação da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, sobre a contribuição de US$ 1 bilhão do Brasil para um fundo internacional, em relação a proposta da senadora Marina Silva (PV-AC). Ambas estão em Copenhague, na conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 15). Para a ex-ministra Marina Silva, a participação brasileira no fundo para financiar ações contra o aquecimento global nos países pobres, é uma forma de “constranger eticamente” os países desenvolvidos a contribuírem também.


RESPONSABILIDADE AFRICANA – Países africanos abandonaram as negociações sobre o clima em Copenhague.  Eles acusam os países ricos e industrializados de não assumirem a responsabilidade pela poluição do planeta. Os países africanos têm o apoio da maioria dos países em desenvolvimento e das ONGs que participaram do encontro de Copenhague. A maior poluição nasce da pobreza.


BAN KI-MOON e SARKOZY – Diante do fiasco de Copenhague, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, comemorou a aprovação, dia 19 – sábado, de um acordo de “efeito operacional imediato” Já o presidente Nicolas Sarkozy convocou uma nova reunião para Bonn, na Alemanha, em junho. A próxima COP está marcada para dezembro de 2010 no México. Em Junho, Sarkozy, encontro de líderes só na Copa do Mundo da África do Sul!


NATAL A PEDALADAS – O fórum popular que fez sucesso na ECO?92 –  no Rio de Janeiro em 1992 – também fez sucesso na praça central de Copenhague. Por este fórum popular passa todo tipo de gente que está na Conferência e não tem o protocolo ou credenciamento. O mais interessante são as ideias que surgem no local para produção de energia sem agredir o meio ambiente. Exemplo: a tradicional árvore de Natal normalmente é iluminada por milhares de lâmpadas. Em Copenhague, ela funciona a pedaladas. As bicicletas que não saem do lugar têm um dínamo acoplado à roda traseira e ele produz a energia que alimenta as lâmpadas.


FUNDÃO – O governo do Japão anunciou que vai direcionar US$ 15 bilhões (cerca de R$ 26 bilhões) para financiamento público e privado de projetos na área ambiental de países pobres. O anúncio ocorreu horas depois da divulgação de que um grupo de seis países (mais uma vez Japão, além de Austrália, França, Noruega, Grã-Bretanha e Estados Unidos) comprometeu-se a doar US$ 3,5 bilhões para o combate de curto prazo ao desmatamento. Difícil é assegurar que os recursos financeiros de fato chegarão ao seu destino. Os EUA, por exemplo, deixaram claro que sua parte no fundo contra o desmatamento só sai se houver um “acordo político ambicioso”.


COMPETIÇÃO ELEITORAL – Uma coisa é certa: a COP-15 pode ter ficado só nas intenções em relação ao mundo. Mas, em relação ao Brasil, Copenhague já provocou uma forte mudança: Por ser um ano eleitoral, os candidatos à Presidência em 2010 estão se mobilizando com um discurso pela sustentabilidade. Cada candidato tem suas metas e cada partido está se posicionando com clareza por uma política ambiental mais ousada. Isso é muito bom!