Líderes mundiais

Lições da ECO-92 no Rio

22 de dezembro de 2009

Um luta para salvar a Conferência de Copenhague.

Como Estados Unidos e China, juntos, são responsáveis por cerca de 40% das emissões anuais globais de gases-estufa, portanto, Barak Obama e Wen Jiabao, presidente da China, tem muito a dizer nessa questão.
Barak Obama, no encerramento da conferência, disse que o mundo precisa com urgência de um acordo sobre como mudar o aquecimento global, e que os Estados Unidos vão ajudar a mobilizar US$ 100 bilhões até 2020 na luta pelo clima, e que entre as condições estavam participação de todos, a transparência das aplicações etc.
O presidente da China, Wen Jiabao, por sua vez, disse que a China vai melhorar suas estatísticas domésticas Pretende monitorar e avaliar os métodos de liberação de informações sobre redução de emissão de CO2, melhorar a transparência no país e ativamente engajar-se em intercâmbios, diálogos e cooperações internacionais.
Nesse tom mais discurseiro do que de uma tomada de decisão, as lideranças mundiais continuaram cada um a se justificar, a vender seu próprio marketing de realizações e a prometer, prometer, prometer…
Sobre as percepções ambientais e os interesses políticos divergentes durante a COP-15, fica uma reflexão que vale para o futuro, mas nasceu na ECO-92, no Rio de Janeiro, em 1992: “Paz, proteção ambiental e desenvolvimento são interdependentes e indivisíveis”.



O mundo se encontrou em Copenhague e pediu ação. Chega de blá-blá-blá


  Manifestação com 100 mil participantes


Logo no início da segunda semana, cerca de 100 mil manifestantes tomaram conta de ruas e avenidas durante um dia inteiro. Levantavam cartazes de protestos e apelos exigindo aos participantes da conferência “ação” e “chega de blá-blá-blá”. Pediam “mudança política e não mudança de clima”. Havia manifestantes ligados às ONGs internacionais, europeias e até gente do Brasil pedindo pela Amazônia e apoio às questões indígenas. O Premier da Noruega, Jens Stoltenberg, também enfatizou a importância da preservação da Amazônia e do comprometimento da Noruega em apoiar  essa causa.  Neste mesmo tom falou, uma semana antes, em Oslo, na Noruega, o presidente dos Estados Unidos, Barak Obama, quando recebeu o Prêmio Nobel da Paz.


 



Manifestantes pedem a Amazônia  Viva


Desmatamento e os Indios


O desmatamento é responsável  por 20% das emissões de CO2 no planeta. No Brasil, o desmatamento é o grande vilão e considerado o principal responsável pelas emissões de CO2.


Vários caciques e representantes de organizaçães indígenas  estiveram presentes na COP-15. Todos deixaram a Conferência bastante pessimistas. Representantes do COICA (Coordenação das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica) e do COIAB (Coordinación de las Organizaciones Indígenas de la Amazonía Brasileña) saíram reclamando muito e o tom que no início era de uma certa euforia foi, segundo uma representante do presidente da COIAB, Jecinaldo Barbosa Cabral, de muita decepção com o resultado da COP-15 no que diz respeito às questões dos povos indígenas.