Peixe-Boi Marinho

Arroz e pastagens invadem o cenário

21 de dezembro de 2009

Ambientalistas pedem criação de um Refúgio da Vida Silvestre do Peixe-Boi Marinho em Cajueiro da Praia

Os problemas da reserva extrativista passam também pela pesca predatória, caça de animais silvestres, principalmente de aves, e até do inofensivo e exótico cavalo-marinho (Hippocampus reidi). A espécie é capturada em Barra Grande, município de Cajueiro da Praia, no litoral do Piauí, sem grandes problemas já que a fiscalização é inexistente. “Aqui mesmo no povoado tem gente que pega os cavalos-marinho para vender aos hippies que os utilizam na confecção de pulseiras e colares”, afirma o guia Evandro Silva, da Nativos Arte e Ecoturismo, uma associação criada por jovens moradores de Barra Grande para trabalhar com o ecoturismo. Na verdade, os órgãos fiscalizadores federais e estaduais dão muito pouquíssima atenção ao Delta. Para se ter uma idéia do descaso governamental, a APA tem apenas uma funcionária, Silmária Erthal, também a coordenadora da unidade. Mesmo que se desdobrasse em 100 não daria conta de resolver todos os problemas. Silmária não iria a lugar nenhum, pois não dispõe, sequer, de uma embarcação. No momento, Simária Erthal vive a expectativa da elaboração do Plano de Manejo da APA, uma promessa de um convênio com o Ministério do Turismo, com recursos do Prodetur. Outra promessa que não deixa de trazer um fôlego para a analista ambiental é a criação de um Refúgio da Vida Silvestre do Peixe-Boi Marinho em Cajueiro da Praia. “Nossa preocupação é com as autoridades governamentais do Piauí que, infelizmente, não apóiam a criação de unidades de conservação no Estado”, comenta.   (T.M.)