Coluna do Meio
23 de abril de 2010[email protected]
Ricardo Carvalho
James Cameron: minha arte e minha vida são pela defesa da floresta e dos índios.
Climagate 1
• O Greenpeace não perdoa. Ataca!
• Acusa umas das maiores companhias de petróleo dos EUA, a Koch Industries, de canalizar US$ 50 milhões a uma rede de estudiosos para “minar a confiança na ciência do clima e promover oposição à energia limpa, nos EUA e internacionalmente”.
• No total, a Koch ajudou a pagar operações de mais de 20 organizações que “repetidamente reproduziram e espalharam a história do chamado “climagate”.
• Também financiaram um estudo “suspeito” que nega que ursos polares estão em perigo e um instituto dinamarquês que produziu material usado como crítica à energia eólica. Esse “climagate” ainda vai dar muito o que falar…
Climagate 2
• Nessa confusão do “climagate”, sobrou para vários cientistas.
• O comitê de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Comuns do Reino Unido fez uma investigação e concluiu que pesquisadores da Universidade de East Anglia foram acusados de manipular dados sobre a mudança climática. Mas o comitê inocentou o grupo e seu líder, Phil Jones.
• De acordo com o comitê, não há evidências de que Jones e seus colegas tenham forjado dados ou subvertido o processo de revisão de artigos científicos para exagerar os perigos do aquecimento global.
• O comitê, que tem 14 deputados, analisou mais de mil e-mails roubados do servidor da universidade, que serviram de combustível para o Climagate.
Estragando os rios
• A Hutukara Associação Yanomami realizou manifestação em frente à Funai, em Brasília, para denunciar a invasão de garimpeiros na terra indígena, em Roraima.
• Para a Hutukara “a Terra Indígena Yanomami, demarcada em 1991 e homologada em 1992, continua até hoje invadida por fazendeiros na região do Ajarani e por mais de dois mil garimpeiros”.
• Pior: as autoridades não fazem nada para retirar os invasores.
• Para Davi Kopenawa, coordenador da associação, fazem mais de nove anos que os garimpeiros estão estragando e poluindo os rios.
Mercado extrativista
• Os extrativistas querem o mercado internacional.
• Comunidades tradicionais da Amazônia que trabalham com madeira
• de áreas de manejo controlado e produtos como óleos, castanhas e
• artesanato estão buscando a certificação florestal para conquistar consumidores.
• No Brasil, há oito comunidades que usam em seus produtos a certificação FSC, o selo verde mais conhecido no exterior.
• O Brasil possui a maior floresta certificada do mundo, com cerca de 4,7 milhões de hectares – sendo 2,5 milhões de hectares na Amazônia.
• Um dos termômetros do crescimento do mercado para produtos com certificação florestal foi o sucesso da feira de negócios Brasil Certificado, em São Paulo.
Licitação para exploração
• O governo federal vai licitar grande área para a exploração da Floresta Amazônica nas imediações da rodovia BR-163, no Pará.
• A concessão prevê o manejo da Floresta Nacional de Amana e permitirá a utilização de 364 mil hectares.
• Isso equivale a 60% da área, que tem 560 mil hectares.
• O edital da licitação só deverá ser lançado em junho.
• Para Antônio Carlos Hummel, diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, a área a ser licitada deve garantir a produção de até 9 milhões de metros cúbicos de madeira, além de outros produtos florestais, como castanhas e óleos essenciais.
• Segundo Hummel, a escolha da floresta de Amana deve ajudar a combater o desmatamento ilegal nas bordas da rodovia BR-163.
• É esperar para ver.
Hidrelétricas
• O governo pretende leiloar um número recorde de 13 hidrelétricas em 2010.
• O primeiro leilão, em junho, terá em seu portfólio nove usinas.
• Para o presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim, outros quatro projetos serão licitados no segundo semestre.
• Juntos, os projetos somam 4.640 megawatts, suficientes para abastecer 12 milhões de habitantes.
• O volume de energia representa alta de 4% na atual capacidade
• instalada do País.
• Mas para cumprir o cronograma de licitações é preciso que todos os projetos recebam licenciamento ambiental prévio.