ANA MIRANDA

Patrimônio da literatura mundial

16 de junho de 2010

Diversa, ousada e eclética

A praia de Iracema perdeu Ana Miranda para Brasília, que a perdeu para o Rio de Janeiro e que a perdeu para o mundo. Então, como jornalista, poeta, escritora, pesquisadora e roteirista de cinema, Ana Miranda virou  patrimônio da literatura mundial. Agora, consagrada e admirada pelo seu texto renovador, sensível e poético, a praia de Iracema reconquistou Ana Miranda. Aos 58 anos, Miranda vive perto de Fortaleza, na praia de Aquiraz, numa casa onde curte os verdes mares bravios de sua terra natal. E dali ela – uma das mais importantes escritoras contemporâneas com dezenas de obras publicadas – realimenta as conquistas já feitas por este mundo a fora com suas crônicas e e livros.
Antes de James Cameron conquistar as bilheterias dos cinemas com seu Avatar, Ana Miranda deu voz aos habitantes da floresta (IUXIN – Alma) para defender o meio ambiente. Diversa, ousada, eclética e de uma sensibilidade única, a escritora se ambientou em plena floresta Amazônica para escrever YUXIN, o romance da biodiversidade. Sua irmã, Marlui Miranda – compositora e intérprete – compôs e produziu um CD especial para que a música acompanhasse o livro Iuxin.


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ANA por ANA


. “Meu trabalho, é o meu alimento espiritual. É a minha vida. Não poderia mais viver sem literatura, seja lendo, seja escrevendo”.


. “Nasci, como todas as crianças, com todas as aptidões da sensibilidade para desenho, música, movimento, ritmo, cor, teatro, fantasia, sonho… Tive a sorte de ver as minhas aptidões desenvolvidas. Sou uma pessoa versátil e isso sempre foi uma faca de dois gumes: atrapalhou e ajudou”.


. “Minha vida continua a mesma de sempre, gosto de escrever, escrever, escrever, e ler, ler, ler, e ficar em casa quieta escrevendo e lendo. Nem os prêmios mudam minha vida?.


. Gosto de lidar com personagens ardestes e sensuais. Tenho um lado sensual e ardente. Todos temos. Alguns escondem, alguns ignoram, mas todo ser humano é dotado de sensualidade”.


. “O ser humano é preconceituoso, em geral. Quanto mais obscurantista, mais preconceituoso. Demolir os preconceitos é uma qualidade, uma necessidade da civilização. A tolerância é a única saída para a humanidade”.


. “A literatura é como uma corrida em que os escritores, ao longo do tempo, passam o bastão uns aos outros, para contar essa história eterna”.


ANA MIRANDA é uma das premiadas pelo Encontro Verde das Américas 2010.
Veja na edição impressa na página 11. Ou clique aqui e veja na edição online na matéria ENCONTRO VERDE DAS AMÉRICAS.