Folha do Meio Ambiente

‘Os bicos realizam tarefas costumeiras e visíveis, contribuindo para a sobrevivência da espécie: buscam alimentos,  semeiam, polinizam e constroem ninhos.’

Pesquisas mostraram que sensores naturais nos bicos seriam a causa das aves voarem distâncias sem se perderem. Técnicas avançadas desenvolveram bicos artificiais que podem ser implantados após a destruição total ou parcial dos originais em acidentes. A crença de que alguns bicos reduzidos a pó seriam afrodisíacos, estão sendo averiguados. Outras técnicas e possibilidades são realizadas para descobertas que somente a ciência pode discernir.
Enquanto isto, os bicos continuam realizando suas tarefas costumeiras e visíveis, contribuindo para a sobrevivência da espécie. Ágeis, pegam pequenos animais aquáticos, terrestres e voadores. Hábeis, reviram formas que contenham pequenos seres e com alguns dos materiais, constroem seus ninhos. Fortes, penetram troncos, frutas, sementes, moluscos e ainda servem como arma de defesa e para matar presas.
Apesar de toda a bela estrutura e composição, pelo bico podem surgir alguns danos, muitos dos quais irreversíveis. Fraturas acidentais, crescimento indevido pela má formação genética, desgaste acentuado pelo uso e situações provocadas por atitudes humanas, são alguns dos problemas destas proeminências que não são usadas para mastigar, visto as aves engolirem a comida que é dividida na goela.
Entre ações positivas e negativas, as aves procuram se adaptar às situações apresentadas, cada vez mais sendo objetos de pesquisa, em alguns casos inadequadamente e com resultados preocupantes.
Ainda assim, entre bicos e bicadas, continuarão esbarrando no progresso desordenado e mortificante; continuarão buscando um espaço de liberdade para voar; continuarão procurando alimento na realidade apresentada; continuarão semeando e polinizando a vegetação ainda disponível; continuarão defrontando-se na época de acasalamento em busca da hierarquia reprodutiva; continuarão nidificando e atacando defensivamente todas as espécies que ameaçarem sua prole; continuarão permitindo que belos trinados ecoem por espaços infindos por meio de suas ferramentas multicoloridas; continuarão alertando a humanidade para a necessidade de fazerem o bem ao planeta e conviverem felizes com as coisas simples dos ambientes. É preciso continuar bicando, pois a natureza não pode parar de viver.