Folha do Meio Ambiente

O arquiteto maior Oscar Niemeyer recebeu o livro ‘Bioética no Estado Brasileiro’ com dedicatória especial do autor, seu amigo pessoal, Berger Barbosa.

Swedenberger Barbosa  o Berger

O autor explica que a bioética nasce de um ambiente científico pela necessidade que os profissionais de saúde tem com o intuito de defender os direitos humanos. O tema é tratado de forma interdisciplinar com profissionais das mais diversas áreas como teólogos, antropólogos, jornalistas, médicos, sociólogos, piscicólogos e até políticos e juizes. O livro de Swedenberger Barbosa sobre bioética traz muitos detalhes atuais e muitas curiosidades, como por exemplo, a forma que as leis brasileiras vem incorporando o conceito de bioética, dentro das discussões mundiais realizadas inclusive pela UNESCO.

Quem é Berger ?  Swedenberger Barbosa (foto) conhecido como Berger, é dentista, com pós-graduação em Saúde Pública, e chefe de gabinete adjunto do Gabinete Pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto. Berger lançou o livro ?Bioética no Estado Brasileiro? em junho. O livro, que mostra como os príncipios da Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos estão sendo incorporadas à legislação brasileira, é fruto da dissertação de mestrado em Ciência da Saúde defendida pelo autor na UnB.

SAIBA MAIS

A Bioética Bios (vida) 16 ethos (ética)

O entendimento pode ser difícil, mas a explicação é fácil. Vamos pela origem do termo: bioética vem do grego. bios (vida) e ethos (ética). Bioética é o que podemos chamar, então, a ética da vida. Explica a doutora Maria Clara Albuquerque que, no início da década passada, o terno era entendido de maneira restrita, mais como um movimento cultural relacionado às situações práticas sobre a vida e a morte.

Hoje o conceito é amplo, abrangente e tomou força como uma postura do cidadão, da iniciativa privada ou do Estado respondendo a dilemas morais de interesses vários. Exemplos: a implicação ética da desigualdade social, a ética dos negócios, as ações em defesa das minorias e, é claro, também aborda os temas como aborto, transplantes de órgãos, células tronco, transgênicos, eutanásia. Maria Clara Albuquerque lembra que o termo foi usado pela primeira vez pelo médico-cancerologista e bioquímico Van Renssalaer Potter no seu livro ?Bioethics: bridge to the future?.
Potter propôs uma ética aplicada às situações de vida, como o caminho para a sobrevivência da espécie. Uma ponte pautada em princípios éticos, que serviria de travessia para o alcance da melhoria da qualidade de vida do homem e do seu meio ambiente.
 ?Hoje o termo permite reflexões que abrangem a ética prática, recebendo contribuições da filosofia, do direito, da teologia, da medicina, da ecologia, das ciências sociais e de outras disciplinas?, analisa Maria Clara.