Editorial

Caro Leitor

19 de setembro de 2010

Para lembrar o Dia da Árvore e o início da Primavera, vale recordar uma entrevista que a Folha do Meio fez, em maio de 2000, com o biólogo inglês Sir Ghillean Prance. Ele advertia que o mundo precisava urgente de bons zeladores. Guardiões para o planeta Terra e, sobretudo, para o mundinho à nossa volta… Ver artigo

Para lembrar o Dia da Árvore e o início da Primavera, vale recordar uma entrevista que a Folha do Meio fez, em maio de 2000, com o biólogo inglês Sir Ghillean Prance. Ele advertia que o mundo precisava urgente de bons zeladores. Guardiões para o planeta Terra e, sobretudo, para o mundinho à nossa volta nas atividades agropastoris de uma fazendinha, na cidade, na rua do nosso bairro e até na roda familiar. E dizia mais: a crise ambiental é complexa demais para ser tratada apenas com argumentos biológicos ou dados científicos.
Há uma dimensão moral e ética muito importante nessa questão e só conseguiremos reverter o estado de coisas com uma mudança de ordem ética e moral. Pura verdade! Não há como mudar padrões de consumo e padrões de produção sem uma mobilização total de formadores de opinião e de tomadores de decisão. Não há como mudar, não há como combater o aquecimento global, o desmatamento, os incêndios criminosos das matas sem o envolvimento da sociedade pela educação e pela cidadania.
As florestas brasileiras estão sendo engolidas pela ganância do comércio de madeiras, pelo agronegócio desmedido e pelo crime das queimadas com uma velocidade incrível. E o que mais angustia não é só a velocidade fantástica com que se desmata, mas a forma irresponsável e inconsequente com que o ser humano lida com a natureza. No rastro das queimadas, há uma fumaça de irresponsabilidade e de ações criminosas.