Ferreira Gullar

19 de setembro de 2010

Escritor, tradutor, pintor, teatrólogo e pensador, o poeta Ferreira Gullar nasceu José Ribamar Ferreira, em 10 de setembro de 1930, em São Luiz do Maranhão. O sobrenome Ferreira é de seu pai Newton Ferreira. Mas o poeta fez questão de buscar o Gullar de sua mãe Alzira Ribeiro Goulart. Tirou o t e acrescentou mais… Ver artigo

Escritor, tradutor, pintor, teatrólogo e pensador, o poeta Ferreira Gullar nasceu José Ribamar Ferreira, em 10 de setembro de 1930, em São Luiz do Maranhão. O sobrenome Ferreira é de seu pai Newton Ferreira. Mas o poeta fez questão de buscar o Gullar de sua mãe Alzira Ribeiro Goulart. Tirou o t e acrescentou mais um l.


Locutor da rádio Timbira, em São Luiz, jornalista de várias publicações, Ferreira Gullar teve sua poesia O GALO, premiada num concurso promovido pelo Jornal de Letras. A comissão julgadora era de primeira: Manuel Bandeira, Odylo Costa Filho e Willy Lewin.
Em 1951, muda-se de São Luiz para o Rio de Janeiro. E começa a ganhar a vida com seus textos e a fazer amigos de peso: João Conde, Mário Pedrosa, Herberto Sales, Oswald de Andrade, Oduvaldo Viana Filho, Augusto de Campos. Foi revisor das revistas O Cruzeiro e, depois, da Manchete. Trabalhou ainda no “Diário Carioca” e, depois, participa do projeto “Suplemento Dominical” do Jornal do Brasil. Em 1971, partiu para o exílio. Morou em Moscou, depois Santiago do Chile, Lima (Peru) e Buenos Aires.
Ferreira Gullar tem uma obra extensa, traduzida em vários idiomas e é considerado um dos mais importantes intelectuais brasileiros contemporâneos. A principal comemoração de seus 80 completados agora em setembro, foi o lançamento de seu novo livro de poesias ?Em alguma parte alguma?.


Cantiga para não morrer


Quando você for se embora,
moça branca como a neve,
me leve.


Se acaso você não possa
me carregar pela mão,
menina branca de neve,
me leve no coração.


Se no coração não possa
por acaso me levar,
moça de sonho e de neve,
me leve no seu lembrar.


Ese aí também não possa
por tanta coisa que leve
já viva em seu pensamento,
menina branca de neve,
me leve no esquecimento.



mar azul
mar azul      marco azul
mar azul      marco azul      barco azul
mar azul      marco azul      barco azul      arco azul
mar azul      marco azul      barco azul      arco azul        ar azul