Gases nocivos

Clorofluorcarbonetos na geladeira

19 de setembro de 2010

Manufatura reversa de geladeiras

As geladeiras com mais de dez anos que contém gases clorofluorcarbonetos vão ter a substância química desativada em todos os seus componentes. Com a entrada da nova manufatura, deixa de ser usado o processo tradicional e manual de eliminação do gás, com o descarte da espuma de poliuretano que ia diretamente para os aterros sanitários e lixões.
Com a nova tecnologia, esse revestimento será tratado de forma a impedir que os CFCs sejam liberados diretamente na atmosfera.
A previsão é de que as ações do governo brasileiro e da iniciativa privada recolham e desativem até 10 milhões de refrigeradores, produzidos há mais de dez anos. Nos modelos mais antigos, os CFCs eram utilizados nos circuitos de refrigeração e na espuma termo isolantes dos aparelhos.
Desde 2001, não se utiliza mais os clorofluorcarbonetos na fabricação de refrigeradores domésticos e comerciais e ares-condicionados. Segundo técnicos do Ministério do Meio Ambiente, as indústrias de manufatura reversa realizam a desmontagem dos equipamentos para reciclar e tratar os resíduos. No caso daqueles que possuem CFCs, elas neutralizam esse componente. O apoio e incentivo à instalação desse tipo de indústria faz parte do programa brasileiro para proteção da camada de ozônio, que completa 15 anos em 2010. O pólo instalado em São Paulo, operado pela Indústria Fox Proteção para o Clima, foi construído com apoio da Iniciativa Suíça de Proteção Climática, em parceria entre o governo daquele país e a Fundação SENS International.
Também já está prevista, para outubro, a instalação de outra indústria reversa, desta vez na cidade de Careaçu (MG), com apoio do governo alemão, por meio de cooperação com o MMA.



Com a entrada da nova manufatura, o processo tradicional e manual de eliminação do gás deixa de ser usado.