Folha do Meio Ambiente

Há 10 anos, na edição de maio de 2000, fizemos uma entrevista com Sir Ghillean Prance, então diretor do Jardim Botânico de Londres, e grande amigo do Brasil. Ghillean lembrou – com muita propriedade – que a crise ambiental é complexa demais para ser tratada apenas com argumentos biológicos ou dados científicos. Segundo ele, “há uma dimensão moral e ética muito importante nessa questão e só conseguiremos reverter o estado de coisas com uma mudança de ordem ética e moral. Dos governantes e das pessoas. Dos tomadores de decisão e de cada membro da sociedade”. Perfeito!
Os brasileiros assistiram a muitos debates, muitas ofensas e, sobretudo, a muitas promessas nestas eleições de governadores, parlamentares e a Presidência da República. Até que ponto o posicionamento da candidata Marina Silva vai influenciar no governo Dilma Rousseff? Até que ponto,  os votos ambientalistas vão ajudar na tese de Ghillean Prance, no sentido de buscar a reversão da política de varejo para uma mudança de ordem moral e ética?
O Brasil e o mundo clamam por bons zeladores e pessoas comprometidas com os valores da vida. Os eleitores escolheram seus novos zeladores. A hora agora é de cobrar o cumprimento das promessas e que elas tragam garantias de ações dentro da ética e da sustentabilidade. Inclusive moral!
Os brasileiros acreditam muito na gestão da primeira mulher como Presidente do Brasil.