Folha do Meio Ambiente

Caro leitor:

Rapidinho, mais um ano se vai e um novo ano chega. Como sempre, renovando a fé, as esperanças e os sonhos. Ah se não existisse a tal de esperança. É ela que nos faz ter fé e construir sonhos… Vou dividir minha carta com o poeta Soares da Cunha, meu trovador predileto.

A Esperança, essa mentira,
que a vida prega na gente
todo ano… e todo o ano
a gente crê novamente!

A equação do equilíbrio está neste processo de usar sem abusar dos recursos naturais, de produzir riquezas sem degradar e de consumir sem comprometer. Sem ações sustentáveis, sem produção sustentável e sem consumo sustentável, a engrenagem da vida pode emperrar. Antes que a engrenagem emperre, cada um pode dar sua contribuição para lubrificar e ajudar na sua manutenção. Isso se chama sustentabilidade. Vivemos o tempo do fazer e construir de modo sustentável! E o tempo é agora!

O que eu puder fazer hoje,
Mais que depressa farei,
Pois depressa o tempo foge,
E amanhã eu já não sei.

   O ser humano precisa ter talento para saber trocar vitórias imediatas pelas conquistas duradouras. A conscientização ambiental, a disposição de crianças e jovens em entender, participar e até cobrar dos mais velhos uma postura ecologicamente correta de preservação dos recursos naturais é mais do que um bom sinal. É conquista que promete ser duradoura. Com talento, novas conquistas virão. E são estas conquistas que vão  mudar a realidade socioambiental no mundo de hoje.

Talento não é dinheiro,
É riqueza de outra casta.
Dinheiro, o sujeito ajunta…
Talento, o sujeito gasta…

Não há mais como conviver com a pobreza extrema que afeta boa parte da humanidade. E mais: grande parte de de nossos rios estão poluídos, quase 20% dos solos estão degradados, 50% da população da Terra sofrem com a escassez de água, muitos animais e muitas plantas caminham para a extinção e o clima… E o maior investimento neste mundo continua sendo em armamentos e guerras.

Quem tem muito não é rico,
É um engano, veja bem:
Na verdade só é rico
Quem acha muito o que tem.

O ar, a água, os recursos animais e minerais, enfim, a própria Terra são presentes que recebemos de graça. A ciência e a educação podem ajudar a preservá-los, mas temos que nos convencer de uma verdade definitiva: a mais avançada tecnologia não será capaz de repor o Planeta tal qual o recebemos. Outras vidas virão para usufruir deste patrimônio.

Oh passageiro da vida,
Para que tanta bagagem
Se o percurso é tão pequeno
E tão rápida a viagem!

Novo ano, novos governadores, nova Legislatura no Congresso Nacional, novos ministros (verdade, nem tanto) e uma nova Presidência da República, pela primeira vez a cargo de uma mulher. É tempo de renovar as esperanças e também de renovar nossas cobranças pelas promessas de campanha. Político promete muito e não pode fazer o povo de bobo.

Dos dois quem mais se diverte,
eu na verdade não sei:
Porque, se o Rei ri do bobo,
o bobo também ri do Rei.

Viva a vida, amigo leitor! Obrigado, por sua força e Feliz Ano Novo!

Pela própria natureza
A vida não deveria
Ser expressão de tristeza,
Só expressão de alegria… 

Soares da Cunha e Silvestre Gorgulho