22 Março 2011

Dia Mundial da Água

16 de março de 2011

ONU pede reflexão sobre a água como fonte de vida

Muitos eventos, seminários e conferências vão acontecer de maneira organizada no mês de março. No Brasil, escolas, ONGs e prefeituras promovem eventos e fazem uma semana de reflexão para pedir menos poluição e mais respeito aos recursos hídricos. A água é motivo de sérios conflitos entre pessoas, empresas e nações. Esses conflitos têm três vertentes que precisam ser corrigidas: o uso e abuso, o desperdício e, sobretudo, crescimento vertiginoso das contaminações de mananciais, de rios, do mar e dos lençóis freáticos.

Algumas reflexões

A década de 70 foi marcada pelo despertar das preocupações ambientais. Até o início dos anos 80, as questões relacionadas ao uso da água (geração de energia, abastecimento doméstico e industrial, coleta de esgoto, etc ) e seu manuseio não levaram em conta as consequências ambientais.

Hoje não existe mais água no mundo do que havia há 21 séculos, quando a população era menor do que 3% do que é hoje. Se a água vai continuar tendo a mesma quantidade, é bom lembrar que a população continuará crescendo.

O Brasil, no todo, é um país rico em água. Dispõe de 12% de água doce superficial do mundo, mas tem vivido uma ilusão de abundância a despeito das diferenças de da má distribuição pelo seu território.

Mesmo nas regiões caracterizadas como de água abundante, a água está se tornando escassa por sua qualidade que deteriora. Essa é uma questão ambiental grave e do momento.

Tem-se disseminado a contaminação tanto da água superficial como subterrânea. Por essa razão, para abastecer, por exemplo, a região metropolitana de São Paulo a água é buscada a mais de 150 km de distância.

Foram grandes as agressões que os rios, riachos, córregos e arroios sofreram nos últimos anos. Os mais velhos podem se lembrar do rio de sua terra onde se podia tomar banho, pescar, ou simplesmente, desfrutar de sua beleza natural. Hoje a maioria deles não passa de um esgoto a céu aberto.

Um dado bem moderno: é bom ver uma rua pavimentada e um grande estacionamento no shopping. Melhor do que ver é sentir esse conforto. Mas isso tem consequência: a pavimentação está diminuindo a capacidade de infiltração de água nos solos, provocando, na hora das chuvas, acúmulo muito rápido do escoamento das águas. Aí, então, fica superado a capacidade de condução de água daquele riacho que serve à nossa cidade. Agravado pelos lixo jogado nas ruas, nos bueiros e nas encostas, o resultado é certo: inundação, destruição, tragédias e mortes.