Coluna do meio
22 de agosto de 2011[email protected]
Amazônia
– Os números não falham: com aumento de 35%, o desmatamento na Amazônia neste ano deverá superar o do ano passado.
– O INPE fez o alerta: até julho, foram registrados 2.429,5 km² de floresta abatida.
– Só em junho, foram desmatados 312,69 km2.
– É um aumento de 28% em relação ao mesmo mês de 2010.
– O Pará, como sempre, disputa com o Mato Grosso quem desmata mais.
– Desta fez o Pará ganhou: foi responsável por 38% do abate de árvores registrado nos seis estados amazônicos.
Bonito de escrever
– Para o novo diretor-geral da FAO, José Graziano, produzir alimentos com menor inflação de preços, num horizonte demográfico de 9 bilhões de bocas em 2050, não pode ser obra do improviso. – Tá certo!
– Diz mais: combater a fome significa investir em produção, gerar renda e emprego e reduzir pressões inflacionárias em escala global. – Também tá certo!
– O mais importante: sem coerência na gestão de governo e sem investimento em ciência para desenvolvimento em novas tecnologias agrícolas é tudo muito bonito… de falar.
De saco cheio
– A campanha “Saco é um Saco” foi lançada em 2009. Objetivo: acabar com o uso excessivo de sacolas plásticas.
– Antes da campanha, eram utilizadas mais de 18 bilhões de sacolas plásticas no Brasil.
– O consumo caiu para 7,6 bilhões. A redução foi de 40%.
– Mas ainda tem muito saco para encher o saco!
BNDES e energia
– O BNDES turbina projetos de energia.
– Os investimentos vêm com o início de Belo Monte e a explosão da construção de parques eólicos e de linhas de transmissão.
– Marcia Souza Leal, do BNDES, anuncia o valor liberado em 2011 será 43% superiores aos de 2010.
– Isto significa um montante de R$ 17 bilhões. R$ 5,1 bi a mais do que no ano passado.
CÓDIGO SUSTENTÁVEL
O governo da presidente Dilma Rousseff começa a deixar de lado projetos demagógicos concebidos pelo governo anterior. O último projeto ?esquecido? é o programa Educação e Qualificação para Comunidades Extrativistas, elaborado pelo Conselho Nacional das Populações Extrativistas e pela Secretaria de Assuntos Estratégicos. O programa se destaca pelo simplismo de suas propostas e pelo uso abusivo de jargões políticos.
Do empresário Israel Klabin, dizendo que no debate sobre o Código Florestal no Senado deve prevalecer uma visão de sustentabilidade.
Editorial ESTADÃO 3/agosto/2011
Superfaturamento?
– A transposição do São Francisco está quase 40% mais cara.
– Todo mundo previa que isto ia acontecer.
– Os valores saltaram de R$ 5,04 bilhões, previstos em dezembro de 2010, para R$ 6,85 bilhões.
– R$ 771 milhões se referem a aditivos de contratos em vigência e também a outros novos preços.
Água mineral e os canaviais
– Ambientalistas querem impedir canaviais na estância hidromineral de Águas da Prata-SP.
– Alegação: o uso de defensivos agrícolas na cultura de cana pode causar a contaminação das fontes de água.
– No meio da discussão, a multinacional Abengoa Bioenergia que arrendou parte de uma fazenda para plantar cana.
CÓDIGO SUSTENTÁVEL
A aprovação do novo Código Florestal é mais uma lei em que prevalecem os interesses políticos em detrimento da voz de gestores capacitados e cientistas. É mais uma lei que poderá perder sua eficácia, considerando a fragilidade da gestão governamental no Brasil. (…) De nada adianta ter uma legislação ambiental avançada e políticas públicas bem elaboradas se não há instituições fortalecidas para implementá-las.
Renato Cader, Coordenador do GesRio e diretor de Gestão do Jardim Botânico RJ