Cartas
20 de outubro de 2011Tiradentes e Paquetá Acabo de receber a edição 223 de Setembro. O atraso deve ser por conta da greve dos correios. A ligação entre sustentabilidade e responsabilidade social, matéria desta edição pelo ISO 26000, está no cerne do movimento Tiradentes Sustentável e também, lá na Baía de Guanabara, do movimento Paquetá Sustentável. Gostaria de distribuir… Ver artigo
Tiradentes e Paquetá
Acabo de receber a edição 223 de Setembro. O atraso deve ser por conta da greve dos correios. A ligação entre sustentabilidade e responsabilidade social, matéria desta edição pelo ISO 26000, está no cerne do movimento Tiradentes Sustentável e também, lá na Baía de Guanabara, do movimento Paquetá Sustentável. Gostaria de distribuir mais jornais entre os participantes do movimento.
Vocês da FMA se lembram que, em Tiradentes, começamos a trabalhar pelo restauro do casario e pela preservação da Serra São José. Em Paquetá, esbarramos no início com o problema dos morros. O renascimento de Paquetá precisa começar com uma solução para a ocupação dos morros. Sem falar da poluição da baia de Guanabara que é uma outra questão muito grave. De certa forma, estes desafios é que me motivam a participar de projetos tão longe de casa. Curiosamente, o aumento de prosperidade de Tiradentes comprometeu a sustentabilidade do município. Quem sabe, um dia chegamos a aplicar o ISO 26000 ao artesanato de Tiradentes. Achei muito interessante os Dez Mandamentos e os Sete Pecados Capitais da fotografia de Natureza.
John Parsons – Solar da Ponte – Tiradentes-MG
Desabafo
Na fila do supermercado, o caixa alerta uma senhora idosa:
– A senhora deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que sacos de plástico são inimigos do meio ambiente.
Desculpe – diz a senhora – no meu tempo não havia essa onda verde.
– Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente com nosso meio ambiente.
– Você está certo – responde a senhora. Mas naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja que eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso. Naquela época, subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhávamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência a cada vez que precisamos ir a dois quarteirões.
Nós lavávamos as fraldas de bebês, porque não havia fraldas descartáveis. Roupas secas: a secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts. Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos. E assim, a velha senhora deixou seu recado para o caixa e uma fila de gente que escutava um verdadeiro conflito de gerações.
Zilda Ferreira – Rio de Janeiro – RJ
Compostagem doméstica
Vi uma reportagem no SBT Manhã, que mostrava uma caixa para reciclar o lixo orgânico. A caixa é boa, pois pode ser usada em apartamento, é higiênica, não dá cheiro, não atrai animais e insetos. Alguém sabe onde vende esta caixa super prática? Sei que a composteira tem vários tamanhos e já vem com minhocas. Preciso de mais detalhes.
Priscila Costa [email protected]
NR: É importante dizer que esta é uma solução doméstica muito interessante por dois motivos: primeiro, ao usar a composteira com casa de frutas, sobras de comida e até guardanapos usados a pessoa evita poluir ainda mais os lixões. Segundo porque todo este material pode virar um superadubo feito em casa. O húmus de minhoca é o produto final do processo de compostagem. Feito em casa, o húmus sai de graça e pode se dar um destino ótimo para restos de comida. Mais detalhes no site: moradadafloresta.org.br onde podem ser encontrados todos os detalhes da composteira.
Madeira de rosa e ébano tropical
O fabricante de guitarras Gibson, dos Estados Unidos, está atrás de madeira de rosa e ébano tropical para assim enfeitar suas guitarras nobres. Por causa da exploração, as madeiras muito procuradas estão ameaçadas de extinção e rigidamente protegidas. Por isso, Gibson compra de uma máfia madeireira internacional que corta ilegalmente as árvores nas florestas tropicais. Agora, as autoridades estadunidenses do U.S. Fish & Wildlife Service revistaram o produtor de guitarras Gibson, em Nashville e Memphis – pela segunda vez dentro de dois anos – e encontraram madeiras nobres da Índia. Estamos numa campanha de alerta para que Gibson substitua as madeiras tropicais importadas e passe a usar espécies locais.
Klaus Schenck – www.salveaselva.org – Hamburg, Alemanha
Ciência e ideologia
Não conhecia o jornalista Alon Feuerwerker. Depois do artigo dele no jornal “Feijão e Feijões” passei a freqüentar o seu blog. Quero parabenizar o seu texto, os seus pontos de vista e, sobretudo, este artigo dele sobre a questão dos transgênicos. Didático, objetivo e verdadeiro. Minha família planta soja e milho no Paraná. O que os leitores deste jornal tem que entender (e eu já entendi) é que ciência e ideologia quando estão juntas uma delas perde. Quando estão separadas, as duas ganham. E muito.
Aloysio T. de Assis Londrina – PR
Apreciando Flores
Como coleciono este jornal e gosto muito das crônicas de Jurandir Schmidt, percebi um erro nesta edição. A crônica está incompleta e o início dela saiu na edição de agosto “O Caminho das Águas”. Acredito que vocês aí também devem ter notado o erro. No mais, parabéns pela publicação e tenham certeza do importante trabalho que vocês fazem.
Rachel B. Amorim – Curitiba – PR
NR: Rachel você tem razão. Infelizmente cometemos este erro e por isto, nesta edição de outubro, estamos republicando a crônica “Apreciando Flores” do poeta de Joinville, Jurandir Schmidt. Está na página 24.
Milagre do Ipê
Ao fazer uma visita ao Ministério do Meio Ambiente, em Brasília, trouxe dois exemplares deste jornal. Duas matérias me chamaram atenção: a primeira sobre o IPÊ que transformaram em poste de rua, em Porto Velho, e o poste brotou. A poesia Milagre do Ipê é maravilhosa. Pode republicá-la? A segunda matéria é sobre os 10 Mandamentos e os 7 Pecados Capitais da fotografia de Natureza, um trabalho de Fábio Colombini. Faço parte de um grupo que tem um trabalho voluntário na área social e ambiental em Cuiabá. Gostaria que todos conhecessem a publicação. Seria possível o envio de pelo menos 15 exemplares desta edição? Obrigada.
Carmem T. Azevedo – Cuiabá – MT
Incêndios e queimadas
Apesar de já ter começada a temporada das chuvas (graças a Deus) eu queria deixar registrado nesta carta a importância das duas reportagens que vocês fizeram sobre incêndios e queimadas, nas edições de julho e agosto. Bem o jornal alertou para a “explosão” de queimadas em 2011. E olha que em Mato Grosso, onde passo grande parte do mês, foi isso mesmo. Sei que também em Tocantins e Rondônia o bicho pegou. Quando a chuva começa, todo mundo esquece o estrago que as queimadas provocaram no País inteiro. Como a maior parte dos incêndios florestais são criminosos, será que o Ministério do Meio Ambiente, os governos estaduais e até mesmo Exército não tem como evitar tanta destruição?
Caio O. B. Pereira – Porto Velho – RO
Grilagem de terra
Sou jornalista, moro em São Paulo. Gostaria de falar com o jornalista Dioclécio Luz. Preciso do contato do Alyrio Lima Cova, o Nivedano, referente à Associação Ecológica Alto Paraíso. Preciso ter mais informações sobre as acusações de grilagem de terra na Chapada dos Veadeiros contra o vice-presidente da República, Michel Temer. Incrível como a imprensa dita grande ignorou solenemente esse inquérito.
Alceu Castilho [email protected] – São Paulo-SP
NR: Contato do jornalista: [email protected] ou [email protected]