Agricultura Sustentável
22 de novembro de 2011O Código Florestal e as metas do Conselho Científico para Agricultura Sustentável
Pelo Brasil
2 – José Luiz Tejon, Rodrigo Lima, Luiz Carlos CarvalhoLuiz Carlos CarvalhoLuiz Carlos CarvalhoLuiz Carlos CarvalhoLuiz Carlos CarvalhoLuiz Carlos Carvalho (ABAG), José Otávio Menten , Coriolano Xavier, Eduardo Motta Alves Peixoto, André Nassar (Monsanto)
Para o presidente do CCAS, José Otávio Machado Menten, o conselho tem uma proposta audaciosa: servir como referência para discussões econômicas, sociais e ambientais relativas à sustentabilidade da agricultura. Idealizado pelos próprios conselheiros, a entidade, que não tem fins lucrativos, teve estatuto aprovado em abril desse ano e diretoria eleita na mesma data. Devidamente registrado junto aos órgãos competentes, o CCAS passa a interagir com o público a partir deste mês, por meio da participação e organização de fóruns, palestras, entrevistas e geração de conteúdo.
A Mesa Redonda
José Otávio Menten: “O objetivo é disponibilizar informações acadêmicas, com rigor científico de pesquisa, de maneira mais acessível a toda a população”.
O pontapé inicial das atividades do CCAS foi a realização de uma mesa-redonda na capital paulista, na qual foram abordados os temas Ciência, Tecnologia e Inovação; Código Florestal, Alimentação e Agroenergia.
José Otávio Mentem – Presidente do conselho, abriu as apresentações, falando sobre a instituição. De acordo com ele, há certa carência de referências com embasamento científico sobre assuntos relacionados ao Agro brasileiro para a população em geral, fato que motivou a criação do CCAS. “Nosso grupo se reuniu com o objetivo de disponibilizar informações acadêmicas, com rigor científico de pesquisa, de maneira mais acessível a toda a população. É importante colocarmos em discussão temas úteis a toda a sociedade”, afirmou.
Caio Carvalho – Vice-presidente da Associação Brasileira de Agronegócio-ABAG. Para Caio Carvalho é importante ressaltar as relações entre agroenergia e produção de alimentos, pois há um choque entre demanda crescente por alimentos e escassez na oferta de energia. “Nesse cenário, o Brasil se destaca como grande potencial produtor. Nossa energia é considerada sustentável, e temos espaço para crescer mais, desde que o desenvolvimento acompanhe os estudos de viabilidade econômica”.
José Luiz Tejon – Também da diretoria do CCAS, falou sobre a importância de uma comunicação adequada no agronegócio. “É preciso que haja diálogo entre as partes de dentro e fora da porteira, e não somente dentro de cada um desses nichos”, defendeu. “Falamos aqui de um mega setor. Negócios de tamanha proporção devem posicionar-se corretamente”, finalizou.
Coriolano Xavier – Membro do conselho, ressaltou o valor da educação e da sustentabilidade. “O marketing e a comunicação são as grandes oportunidades, uma vez que a internet, a comunicação de massa e redes sociais podem ser utilizadas como meios para divulgação do que está sendo feito na academia”.
Código Florestal – André Nassar e Rodrigo Lima falaram sobre a proposta de reforma do Código Florestal. Nassar ressaltou a importância de que a população realmente tenha acesso às propostas sugeridas e respectivos desdobramentos. De acordo com ele, o novo código foi criado para viabilizar a legalização dos produtores. “O código atual é muito bom no papel, mas na prática acaba potencializando a ilegalidade. Ao se propor novas formas de compensação para consolidação de áreas de proteção ambiental e reservas legais, a nova lei (com ressalvas) estimula os produtores a se adequarem, o que certamente é um ganho para o país”, afirmou Nassar.
Na proposta de reforma, por exemplo, a compensação de áreas de preservação e reservas naturais poderá ser realizada dentro do mesmo bioma, e não apenas na microbacia à qual pertença a propriedade, um dos fatores que tem gerado grande discussão. “Para que a recuperação integral seja feita na mesma área, os gastos são enormes, pois há necessidade de readequação completa da propriedade, para que não haja perda de produtividade. Na pecuária de corte, o procedimento é ainda mais oneroso. Para sustentar esse posicionamento, a saída seria o Estado se corresponsabilizar por parte dos investimentos necessários para promover a restauração.