ECONOMIA VERDE
21 de dezembro de 2011Às vésperas da RIO+20, países aceleram planos de transição econômica
“O estudo confirma que um investimento de 2% do PIB global em 10 setores-chave da economia é o necessário para iniciar uma mudança da atual economia marrom, poluente e ineficiente, para uma economia verde.”
O Pnuma estabeleceu parcerias com 285 dos principais investidores do mundo, representando US$ 20 trilhões de ativos
O novo relatório da ONU demonstra que governos e empresas estão tomando medidas para acelerar uma mudança global para um futuro verde de baixo carbono, com eficiência de recursos e inclusão social. Para o Secretário Geral da ONU, Ban Ki-moon, “O estudo do PNUMA sobre Economia Verde desafia o mito de que economia e meio ambiente não se relacionam. Com políticas públicas inteligentes, os governos podem fazer crescer suas economias, gerar emprego decente e acelerar o progresso social de forma a manter a pegada ecológica da humanidade dentro da capacidade do planeta”.
O relatório, que é resultado de um esforço global de pesquisa de três anos envolvendo centenas de especialistas, foi submetido a uma consulta pública de três meses antes de ser divulgado em sua versão final. O estudo confirma que um investimento de 2% do PIB global em 10 setores-chave da economia é o necessário para iniciar uma mudança da atual economia marrom, poluente e ineficiente, para uma economia verde.
Como resultado, um número crescente de países está investindo em iniciativas para acelerar essa transição: a China, por exemplo, é o país que mais investe em energia renovável. Outros países, como Barbados, Camboja, Indonésia, República da Coreia e África do Sul, já têm planos nacionais de Economia Verde que refletem as recomendações do Relatório. Além disso, países como a Armênia, Azerbaijão, Egito, Quênia, Jordânia, Malásia, México, Nepal, Senegal e Ucrânia estão se concentrando no esverdeamento de setores prioritários, como da agricultura, energias renováveis, turismo e tecnologias limpas.
No âmbito dos negócios, o PNUMA estabeleceu parcerias com 285 dos principais investidores do mundo – representando US$ 20 trilhões de ativos – que pediram aos governos que mobilizem a ação sobre a mudança climática, incluindo investimentos em indústrias emergentes como as energias renováveis e edificações verdes.
“A Convenção da ONU sobre Mudança do Clima em Durban e a Rio+20, são grandes oportunidades para acelerar e ampliar a Economia Verde. Ações de Cooperação abrangem desde a Iniciativa de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+) até as compras verdes para mudar os esforços nacionais no campo da sustentabilidade. Um novo indicador de riqueza vai além do PIB e internaliza os custos da poluição e degradação ao trazer o verdadeiro valor da natureza, com base em cálculos que nos levam a um caminho de sucesso e economicamente sustentável”, disse Achim Steiner, Diretor-Executivo do PNUMA.