Coluna do meio

22 de abril de 2012

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Ozônio Paulista

• Ar pesado em S. Paulo.

• A Cetesb informa: em 2011, os índices de poluição do ar registrados na Grande São Paulo foram os piores dos últimos oito anos.
• O grande culpado pelo emporcalhamento do ar é o ozônio. A culpa também é da imensa frota de veículos: 7,18 milhões só na capital paulista.
• Em 2011, o ar ficou inadequado durante 97 dias em pelo menos um ponto da região metropolitana (contra 94 em 2003), considerando-se todos os poluentes.
• Só o ozônio, em 2011, passou do limite em 96 dias, contra 77 em 2003. É o pior índice desse poluente desde 2001.
• Motivo é claro: resultado de muitos anos sem a inspeção obrigatória e transportes públicos defasados.
 

“Estamos testemunhando uma tentativa de certos países de enfraquecer, limitar ou mesmo eliminar quase todas as referências a compromissos relacionados aos direitos humanos e a princípios de equidade do texto O Futuro que Queremos, cuja versão final será o resultado da RIO+20”.
Carta à ONU que recebeu apoio de mais de 500 ONGs de 67 países sobre o enfraquecimento da discussão em torno dos Direitos Humanos na RIO+20.

 
 
Planeta é panela de pressão
• O desafio socioambiental da humanidade não está nem nas florestas e nem nos mares. Está nos centros urbanos.
• A projeção não é nada boa: em apenas duas décadas, as cidades ocuparão uma área adicional de 1,5 milhão km2. 
• Isso equivale aos territórios de França, Alemanha e Espanha juntos.
• Pelos números da ONU, a população mundial chegará a 9 bilhões até 2050 (hoje somos 7 bilhões). Em 2050, só nas cidades serão 6,3 bilhões de pessoas, o dobro de hoje.
• E como dobrar os serviços de transporte, saúde, mobilidade, saneamento básico, educação, área verde e água tratada?
 
RIO+20: onde se reunir e ficar
• O Rio de Janeiro vai ficar pequeno em junho.
• Além das delegações de mais de 160 países e de não sei quantos  jornalistas, são esperados para a RIO+20.
• Dez mil pessoas ligadas às ONGs.
• E para a Cúpula dos Povos estão confirmados: 2 mil pessoas (Via Campesina); 1 mil (quilombolas); 1,2 mil (indígenas); 1 mil (trabalhadores na agricultura familiar).
• Cálculo por baixo: 30 mil pessoas.
 
Burocratizando as licenças ambientais
•  De um lado, a Funai. De outro as empresas do setor elétrico.
•  A queixa é formal e já foi entregue ao ministro Edson Lobão. 
• O setor se queixa que o órgão indigenista extrapolou suas funções ao editar normas próprias sobre o licenciamento de obras que podem atrasar ainda mais a construção de hidrelétricas. 
•  A IN determina que a Funai elabore termos de referência específicos para avaliar o impacto de obras sobre os índios, mesmo em terras não demarcadas.
•  “Se a moda pega, licença ambiental dos aeroportos vai ter que passar pela Infraero e não pelo Ibama”, dizem os empresários.
 

Crise em cascata 
Bons tempos aqueles
que cachoeira era apenas um
inocente local para aventuras ecológicas.