FOLHA DE OLHO NO RÍTMO DA RIO+20

8 de junho de 2012

Notas variadas sobre a Conferência da ONU

 

RIOCENTRO FEDE
 
• A situação ficou prá lá de vergonhosa.
• No dia 30 de maio, logo depois da coletiva à imprensa sobre a organização da RIO+20, durante a visita às obras das futuras instalações do evento nos pavilhões, jornalistas se surpreenderam com forte odor vindo de um canal que corta o Riocentro.
• Fotógrafos e cinegrafistas fizeram imagens do canal muito poluído. Observação de um jornalista carioca: as autoridades brasileiras podem até fazer uma maquiagem no local  para a grande Conferência, mas não conseguirão esconder as condições ecologicamente insustentáveis de lagoas, canais e rios da Baixada de Jacarepaguá, nas cercanias do Riocentro.
• Esse é o Brasil real.’
 
Energia nuclear na RIO+20
Dentro da pauta que vai discutir boas práticas de produção energética, um dos temas da RIO+20 é o desenvolvimento e uso adequados da energia nuclear.
Segundo o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), Yukiya Amano, é possível haver “boas práticas” e definir um planejamento a longo prazo. 
Para 2013, a Aiea organiza a Conferência Internacional Ministerial sobre Energia Nuclear do Século, que ocorrerá de 21 a 27 de junho, em São Petersburgo, na Rússia.

 

 

Brasil bem na fita
A questão da acessibilidade está na pauta da RIO+20 e a ONU usa projeto do Brasil como parâmetro para futuros eventos.
Conceito básico da acessibilidade: projetar e reorganizar espaços públicos com mais segurança e adotar medidas de inclusão de pessoas com deficiência com disponibilidade de audiodescrição e interpretação em Língua de Sinais de debates e palestras, além de transportes adaptados.
Entre as medidas adotadas para garantir a participação e inclusão de todos na Conferência estão: 
• Legendas em tempo real em português e inglês durante os debates;
• Áudiodescrição e interpretação em Língua de Sinais (Libras e Sinais Internacionais);
• Impressoras em Braille, sob demanda;
• Atendimento especializado para pessoas com deficiência;
• Voluntários com conhecimento de Libras;
• Transporte coletivo, como ônibus e metrô adaptados;
• Plano de sinalização com piso tátil para alertar deficientes visuais e com baixa visão de obstáculos existentes.
 

 

Pessimismo e protesto

• Verdade seja dita.
• O clima do Rio de Janeiro, às vésperas da RIO+20 é de pessimismo. 
• Os cariocas de modo geral acham que a situação ambiental da cidade piorou muito depois da  Conferência de 1992, a Eco-92. 
• A ocupação desordenada dos morros, o aumento da violência, o acúmulo de sedimentos nos canais, poluição e deteriorização dos serviços públicos, além de outras mazelas. Diante disso, as autoridades podem ser surpreendidas  com muitos atos de protestos, ao contrário do que aconteceu há 20 anos.
• Em 1992 o clima era de esperança e de festa. Já agora…
 

A conferir

A RIO+20 corre o risco de não chegar a lugar nenhum.
A justificativa de alguns cientistas é simples: a agenda é muito ampla e tem muita gente para decidir temas que não tem o mínimo consenso. Para Paulo Artaxo, físico da USP e um dos maiores especialistas sobre clima e membro do IPCC – o painel das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, “é ingenuidade imaginar que um problema desta complexidade e magnitude possa ser resolvido em uma reunião de chefes de estado.” Faz sentido…
 

Em Discussão!

A revista do Senado Federal sobre a RIO+20

Foto: Jonas Pereira

 
Na foto, Paula Cinquetti, José Eduardo Leão, o presidente José Sarney e o jornalista
Fernando Cesar Mesquita.
 
 
 
O presidente do Senado, José Sarney, recebeu a 11ª edição da revista Em Discussão!, sobre a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). A revista aborda os temas da reunião, bem como as contribuições e a participação do Senado no evento. A revista foi editada pela equipe do  jornalista Fernando Cesar Mesquita, hoje diretor da Secretaria de Comunicação do Senado Federal, que voltou a um tema que trata com carinho: Meio Ambiente.  Fernando Cesar, além de governador de Fernando Noronha, foi o escolhido pelo então Presidente José Sarney para capitanear as questões ambientais, em 1989, quando o Governo juntou vários órgãos (IBDF, Sudhevea, Secretaria de Meio Ambiente) num só: o IBAMA. Ele foi o primeiro presidente do órgão.
O lançamento da revista Em Discussão!  ocorreu durante audiência pública na Comissão de Meio Ambiente do Senado. Participaram do evento o presidente da Comissão, senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), o jornalista Fernando Cesar Mesquita e diretor-executivo Pnuma, Achim Steiner.