Cartas
22 de agosto de 2012Embu das Artes Agradeço pelo envio da Folha do Meio Ambiente, onde pude encontrar informações e opiniões consistentes e de grande valia. Tenho minha casa no meio de uma pequena floresta no Embu, mas é um mundo para mim, minha pequena fl oresta. Vejo ao meu redor no Embu cada vez mais as fl orestas cederem lugar às empresas: paredões de… Ver artigo
Embu das Artes
Agradeço pelo envio da Folha do Meio Ambiente, onde pude encontrar informações e opiniões consistentes e de grande valia. Tenho minha casa no meio de uma pequena floresta no Embu, mas é um mundo para mim, minha pequena fl oresta. Vejo ao meu redor no Embu cada vez mais as fl orestas cederem lugar às empresas: paredões de concreto se elevarem
no lugar onde haviam fl orestas; caminhões e tratores substituindo a paisagem verde e amistosa por um cinza enegrecido pela fumaça do diesel. Isto, porque a nossa cidade se chama “Embu das Artes”! Esse prefeito atual está acabando
com as matas ao redor do Embu. Não estou otimista com o que vai acontecer com essa área, que é zona de proteção
de mananciais de São Paulo. As pessoas enlouqueceram com essa ideia de progresso.
Marlui Miranda – São Paulo – SP
Rio de Janeiro em contrastes
A edição de julho fi cou muito bonita. Belo trabalho sobre Rio de Janeiro Patrimônio de Paisagem Cultural. É bom que nossos leitores saibam que hoje não há nenhuma cidade no mundo que tenha o volume de investimento maior do que o Rio. Recentemente a FIRJAN publicou dados de quantos milhões por km2 havia para o Rio. Mas, o contraste é grande.
Vejam só: Hoje o Rio tem o pior serviço de saúde do País. Ano passado, quebrei um dedo e sem plano de saúde e sem dinheiro procurei um posto de saúde. Na grande Tijuca não havia um posto da prefeitura ou do Estado com médico ortopedista. Fui socorrida por um hospital federal, longe da minha casa. A população culpa o governo federal, porque não sabe que os serviços básicos de saúde e de educação são de responsabilidade do município.
A segurança é maquiada. Ontem mesmo havia uma briga num bar da Conde de Bonfim e um sujeito dizia que era dono do morro e dono da vida dos vizinhos. O trânsito do Rio mata 73 vezes mais do que assalto. O transporte público é péssimo como na maioria das cidades brasileiras. As pessoas não cobram do município, que tem dever de autorizar e fiscalizar. Além disso, o Rio, hoje, é uma cidade com o custo de vida muito alto. Deve ser boa, penas para turistas.
Zilda Ferreira – Rio de Janeiro – RJ
Envio anexadas fotos deste domingo. São de um lugar muito bacana, o Jardim Botânico Plantarum, do botânico Lorenzi, em Nova Odessa, aqui perto. Estas fotos são da sede do lugar. Fui surpreendida com a Folha do Meio Ambiente e o artigo sobre Luiz Amorim e os jacatirões, escrito por Jurandir Scmidt. O jornal estava aberto assim mesmo, na mesinha abaixo da vitrine com as obras do fundador do local ! Fiquei tão contente !
Vou fazer ainda hoje uma postagem sobre o lugar no blog SOS Rios BR, com mais coisa sobre o belo Jardim, que desenvolve um trabalho muito ecológico, reaproveita a água da chuva, pras plantas e laguinhos, e em cima dos entulhos da construção que demoliram, criou morrinhos de substrato pra cultivo de cactos e suculentas…
Clarice Villac
O Rio dos homens, uma tristeza!
A parte que Deus fez continua maravilhosa. Mas, no que compete aos homens, sob todos os parâmetros que mesurem civilização e civilidade, o Rio vai mal, muito mal!
O Rio de Janeiro foi eleito patrimônio da humanidade! Estamos todos, evidentemente, muito orgulhosos. A parte que Deus fez, como já dizia Tom Jobim, continua maravilhosa. Mas, no que compete aos homens, sob todos os parâmetros que mesurem civilização e civilidade, o Rio vai mal, muito mal!
Comparado, por exemplo, a Curitiba, tão esquecida das fi ligranas da natureza, o Rio é uma cidade embrutecida, infensa às conquistas do urbanismo, insensível aos direitos do cidadão, irresponsável na preservação de seus recursos naturais, intimidada ante os desafi os da cidadania. Confi rmam a crueza desta leitura o pauperismo dos números censitários do turismo carioca. O Rio padece de um endemismo cujo vetor parasitário tem três patas: a apatia do povo, a pusilanimidade da imprensa e a arrogância das elites. Entre seus desvarios ressalto apenas dois, cometidos recentemente sob o olhar inerme dos cariocas: a imoralidade dos valores investidos na “reforma” do Maracanã – largamente sufi cientes pra dar aos hospitais públicos uma pátina de primeiro mundo -, e a absurdidade de versar 500 mil reais na difusão da sub-cultura-alienígena do funk, que seriam melhor empregados, por exemplo, no socorro à escola publica.
É por tudo isso que, ainda que orgulhoso, temo que a prestigiosa classifi cação da Unesco seja apenas uma veleidade a mais deste nosso macunaímico paraíso.
Antonio Veronese – www.antonioveronese.over-blog.com
Mônica Gorgulho
Gostaria de um favor de vocês. Sou psicóloga e trabalho no interior de Minas Gerais com saúde mental, questões ligadas
ao alcoolismo e outras drogas.
Li na edição de maio de 2008, uma entrevista com a psicóloga Mônica Gorgulho abordando o tema “Drogas: problemas e soluções”. Para o desenvolvimento de meu trabalho, preciso muito do contato com esta profi ssional.
Gostaria de convidá-la para uma série de palestras.
Cristina Abrantes – [email protected]
NR: Nesta reportagem, Mônica Gorgulho explica que
diferentes drogas provocam diferentes resultados, em diferentes
pessoas e em diferentes momentos da vida. O email
dela é: [email protected]