CARTA AO LEITOR
Editorial
22 de agosto de 2012Tempo de escolher o melhor A presidente Dilma Rousseff lançou um programa contra desastres naturais e garantiu colocar R$ 18 bilhões para investimento em obras, compra de máquinas e monitoramento de áreas em situação de risco em 821 cidades brasileiras. O programa tem até um nome pomposo: Plano Nacional de Gestão de Riscos e Respostas a Desastres Naturais. … Ver artigo
Tempo de escolher o melhor
A presidente Dilma Rousseff lançou um programa contra desastres naturais e garantiu colocar R$ 18 bilhões para investimento em obras, compra de máquinas e monitoramento de áreas em situação de risco em 821 cidades brasileiras. O programa tem até um nome pomposo: Plano Nacional de Gestão de Riscos e Respostas a Desastres Naturais.
No lançamento, a Presidente Dilma Rousseff garantiu que o governo federal vai se antecipar e ajudar as pessoas a se prevenirem contra os efeitos dos desastres, deslizamentos de terra e também de secas prolongadas.
E lá vem a enumeração do que vai ser comprado: nove radares meteorológicos de última geração, 286 estações hidrológicas e 4.100 pluviômetros, além de investimento na formação de profi ssionais especializados para complementar o trabalho da Defesa Civil.
A presidente Dilma garantiu que o governo mapeou as 821 cidades que mais sofreram nos últimos 20 anos com desastres naturais. O Plano é ambicioso, mesmo porque controlar a natureza, as chuvas fortes e ventania não tem como. Mas é bom lembrar o que aconteceu na região serrana do Rio de Janeiro: má gestão dos recursos, dinheiro usado para retorno
político, material desviado, obras não concluídas e nenhuma articulação entre prefeituras, governo federal e governos estaduais. Mais ou menos é igual o caso da saúde e da educação: tem dinheiro e profissionais, mas falta gestão. A calamidade maior está no gerenciamento.
Lembro tudo isto porque está chegando a eleição para prefeituras e é bom cada eleitor tomar cuidado. A grande maioria dos municípios acaba elegendo candidatos (tanto a prefeitos como a vereadores) que fazem da política um meio de vida. Uma opção de negócio. São pessoas espertas e ousadas que buscam o cargo para defender interesses próprios ou de grupos. Isso não é bom para a Democracia.
Eleição é justamente para que a sociedade possa escolher o melhor candidato. Importante: depois do direito e dever de votar, é essencial que o eleitor continue a fi scalizar e cobrar efetivamente uma boa gestão dos eleitos. Marcação dura sobre os gestores públicos.
Vale lembrar o poeta Carlos Drummond de Andrade: “Uma eleição é feita para corrigir os erros da eleição anterior”.