O Jardim Botânico do Rio, como a praça, é do povo
15 de outubro de 2012TCU dá até novembro para a demarcação da área do Jardim Botânico e retirar as 620 famílias invasoras.
Foram anos e anos de lutas. Promessas e mais promessas. Jogo político poderoso para privatizar parte do Jardim Botânico do Rio de Janeiro onde centenas de família invadiram o santuário ambiental e cultural para, espertamente, se estabelecer. Depois de muitas omissões, de muito debate e de muita discussão, venceu o bom senso: o Jardim Botânico do Rio é da sociedade brasileira. Num último e derradeiro despacho governamental, o ministro Walton Alencar Rodrigues, do Tribunal de Contas da União, foi enérgico e taxativo em seu voto: “O direito individual à habitação não pode ombrear com o direito coletivo à preservação de sítios tombados, constitutivos dos hortos florestais. É inadmissível, pois, sob o argumento da garantia à moradia, a ocupação de áreas públicas, ou de bens de uso comum do povo, como ruas, praças, jardins, parques etc.” Walton Rodrigues referendou e sacramentou o voto da Unesco em São Petersburgo: Rio de Janeiro: Patrimônio de Paisagem Cultural da Humanidade. Demarcação do Jardim Botânico pode sair até novembro.
