Biodiversidade monitorada

Santa Catarina mostra inventário florestal

22 de novembro de 2012

Durante o 63º Congresso Nacional de Botânica, Serviço Florestal Brasileiro mostra resultados do inventário florestal de Santa Catarina.

"O principal propósito do Inventário Florstal é fornecer informações para subsidiar a definição de políticas florestais, a gestão dos recursos florestais e a elaboração de planos de uso e conservação  dos recursos florestais."

 

 

Mais de 90% das florestas apresentam baixo volume de madeira e biomassa, com predomínio de plantas jovens em função da exploração sofrida por essas áreas. Os resultados iniciais do Inventário mostram como tais florestas cumprem apenas parte de suas funções ambientais, como proteção de solo, recarga dos mananciais e dos aquiferos.

O foco principal do 63º Congresso de Botânica foi a apresentação de dados sobre as florestas (como Mata de Araucárias, Serra do Mar, florestas do interior) e suas características; padrões florísticos da vegetação; fragmentação da paisagem; modelagem da distribuição de espécies florestais e idade das florestas secundárias (aquelas que resultaram da regeneração natural da vegetação em áreas onde houve corte) de Santa Catarina.
 
Amazônia Legal em 2013
O gerente-executivo do SFB, Daniel Piotto, explicou que este primeiro ciclo do IFN – que será realizado a cada cinco anos – vai gerar informações estratégicas que auxiliem na elaboração de políticas públicas florestais. “Mais à frente, quando houver mais de um ciclo de informações geradas pelo IFN, o inventário vai adquirir um caráter mais de monitoramento, em que poderemos observar tendências sobre as florestas no país”, esclarece.
O Inventário Florestal Nacional já foi realizado no Distrito Federal e está em fase de implementação em sete estados, incluindo as demais unidades da federação da região Sul. Em 2013, começa a ser implementado na Amazônia Legal.
 
Monitoramente e vigilância
A partir do uso de técnicas de amostragem, o inventário florestal abrange todo o país, e é realizado periodicamente de modo a possibilitar o monitoramento contínuo dos seus recursos florestais. O principal propósito é fornecer informações para subsidiar a definição de políticas florestais, a gestão dos recursos florestais e a elaboração de planos de uso e conservação dos recursos florestais. Documentos semelhantes têm sido conduzidos por diversos países, sendo que alguns deles iniciaram as ações no começo do século passado. É o caso dos Estados Unidos, Finlândia e Suécia. 
O processo do inventário visava, no início, o monitoramento de estoques de madeira. Mas, a partir da RIO’92 e a utilização de novas tecnologias, ampliaram seus campos de abrangência, valorizando a produção de informação sobre outros aspectos das florestas. Entre os temas de interesse em monitoramento dos inventários florestais, estão os estoques de biomassa e de carbono, a biodiversidade, a saúde e a vitalidade das florestas, o manejo florestal e a importância social que as florestas desempenham na atualidade.