Congreso & Meio Ambiente

22 de novembro de 2012

  Agricultura e desmatamentos • Em simpósio promovido pelo Congresso, senadores, deputados e pesquisadores da área ambiental disseram que a agricultura e a pecuária podem avançar no Brasil sem provocar mais danos ao meio ambiente, especialmente o desmatamento. • O 6º Simpósio Amazônia: desenvolvimento regional sustentável nas Regiões Norte e Nordeste foi organizado em parceria pelo… Ver artigo

 

Agricultura e desmatamentos
• Em simpósio promovido pelo Congresso, senadores, deputados e pesquisadores da área ambiental disseram que a agricultura e a pecuária podem avançar no Brasil sem provocar mais danos ao meio ambiente, especialmente o desmatamento.
• O 6º Simpósio Amazônia: desenvolvimento regional sustentável nas Regiões Norte e Nordeste foi organizado em parceria pelo Senado, por meio da Comissão de Desenvolvimento Regional e pela Câmara dos Deputados, através da Comissão da Amazônia.
• Para o engenheiro florestal Paulo Barreto, do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia, os produtores rurais precisam aumentar a produtividade dos pastos já existentes. 
• Ele propôs que se use o Imposto sobre a Propriedade Territorial (ITR) para evitar o desmatamento, mudando as regras que vinculam o valor do tributo à produtividade da terra.
 
 
Proteção à terra indígena
• Representantes de povos indígenas que participaram de audiência pública promovida pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados exigiram a revogação da Portaria 303/12, da Advocacia Geral da União (AGU), que impõe condições para a demarcação de terras de povos tradicionais.
• Pela medida da AGU, as 18 condicionantes adotadas no reconhecimento da aldeia Raposa Serra do Sol deverão ser utilizadas em todos os processos desse tipo. 
• Dentre as limitações impostas consta a autorização para que o governo construa rodovias, hidrelétricas, linhas de transmissão de energia e instalações militares dentro das aldeias sem autorização da comunidade.
• A presidente em exercício da Comissão, deputada Érica Kokay (PT-DF), disse que promoverá encontro com o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, para discutir o assunto com maior profundidade e encontrar uma solução que atenda aos interesses das comunidades indígenas.
 
 
As madeiras e as siderúrgicas
• Promover a produção sustentável do carvão vegetal usado na siderurgia e fomentar a gestão de carbono na indústria nacional para controlar as emissões de gases e o uso de energia são os principais objetivos dos planos setoriais e mitigação e adaptação desses setores à mudança climática, segundo avaliação dos técnicos do Ministério do Desenvolvimento que participaram de uma audiência pública promovida pela Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas (CMMC), criada no âmbito do Congresso.
• Os planos foram apresentados aos senadores e deputados pela coordenadora-geral de Desenvolvimento Sustentável do Ministério do Desenvolvimento, Beatriz Martins Carneiro, para quem a iniciativa tem o objetivo de incentivar a competitividade da indústria e da siderurgia.
• Beatriz destacou que o Ministério do Desenvolvimento está em busca de parceria com o MMA para que ambos dividam a coordenação dos planos. O papel principal do MMA será a fiscalização e o acompanhamento da legalidade da madeira que origina o carvão vegetal usado na siderurgia para a produção do ferro-gusa.  Assim, o foco da origem da madeira garante a produção do “aço verde”, certificado como de baixa emissão de carbono e com matéria-prima de origem legal.
 
 
O senador Randolfe e o lago de Piratuba
• O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), solicitou providências do governo federal contra o incêndio que há um mês atinge a Reserva Biológica do Lago Piratuba, próxima a Macapá.
Segundo Randolfe, o incêndio já atinge dez mil hectares, mas o Amapá segue esperando os recursos do Ministério da Integração Nacional para o combate ao fogo.
• Observou o senador que a área afetada pelo incêndio coresponde a seis mil campos de futebol, lembrando que são incontáveis os danos ara a fauna, com a perda de espécies importantes que habitam a região.

 

O senado e o dióxido de carbono
 • A Comissão de Meio Ambiente do Senado decidiu adiar a votação do Projeto de Lei 55, de 2008, de autoria do senador Gim Argello (PTB-DF), que estabelece níveis máximos de emissão de dióxido de carbono (CO2) por veículos automotores fabricados no Brasil.
• O adiamento resultou da falta de quorum para a apreciação da matéria em caráter terminativo, ou seja, votação final, sem apreciação do plenário do Senado, salvo recurso, e que, em tais condições, sua aprovação exige quorum especial.
• Segundo o senador, a redução das emissões de dióxido de carbono pelos veículos automotores diminuirá bastante os efeitos da poluição, principalmente nas cidades cujas vias são virtualmente ocupadas pelos veículos.
 
 
O senador Vital do Rego e a Transposição
• O senador Vital do Rego (PMDB-PB) foi escolhido para presidir a comissão externa criada pelo Senado com a incumbência de acompanhar a execução do projeto de transposição de parte das águas do rio São Francisco.
• O senador Cícero Lucena (PSDB-PB) foi escolhido vice-presidente e o senador Humberto Costa (PT-PE) será o relator. 
• Os três representam dois dos Estados a serem beneficiados com a transposição. Os outros são o Ceará e o Rio Grande do Norte.
• O colegiado foi proposto pelo senador Cícero Lucena, por entender que se trata de uma obra estruturante e fundamental para a sobrevivência humana nos Estados mais secos do Nordeste.
 
 
Mendes Thame e o dióxido de titânio
•  A Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados aprovou proposta que proíbe a utilização de dióxido de  titânio em alimentos. 
•  A medida está prevista no Projeto de Lei nº 1370, de 23011, do deputado Antônio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP).
• Originalmente, o PL também previa a proibição do uso do componente químico em cosméticos, mas a restrição foi retirada do texto pelo relator, deputado Walter Ihoshi (PSD-SP).
• O dióxido de titânio é um pigmento branco inorgânico, bastante usado em cosméticos, tintas, corantes e alimentos. Tem uso bastante comum também em bloqueadores solares, em virtude de sua propriedade física de barrar a radiação da luz solar.
• Mendes Thame explica que, além da contaminação de mananciais de água por esse composto, há perigos à saúde, principalmente de irritação intestinal.