COPA DE 2014

O jogo ambiental antecede a COPA

22 de novembro de 2012

Estratégias de mitigação e de compensação das emissões de gases geradas pelas obras da Copa

 

Sustentabilidade é a chave da construção do Estádio Mané Garrincha. O Governo de Brasília busca  a certificação máxima de sustentabilidade do estádio que será um exemplo para todo mundo, já que o Leed Platinum é um reconhecimento de padrão internacional.
Governador Agnelo Queiroz
 
 

No encontro de Fortaleza será apresentado o levantamento dos estados e prefeituras das oportunidades de mitigação e compensação e o estabelecimento de um canal de diálogo com o governo federal para tratar as emissões aéreas. Entre as principais iniciativas do MMA, estão os Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima. O analista ambiental Daniel Couto Silva reforçou a importância da elaboração e implementação dos documentos. Para isso, segundo ele, o MMA está elaborando um projeto de gestão de carbono que apoiará as atividades das cidades-sede em relação ao combate às mudanças do clima.

 
Inventários
Esta não é a primeira reunião do Núcleo. No último encontro, em Brasília, representantes do governo federal e dos estados debateram as obras em andamento. O grupo apresentou a estratégia da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (RIO+20) e o modelo usado na compensação das emissões de gases de efeito estufa. 
Além disso, foi apresentado o inventário das emissões relacionadas à Copa do Mundo em Belo Horizonte. O projeto-piloto é fruto da parceria entre MMA, o Governo de Minas Gerais, a Prefeitura de Belo Horizonte e a Embaixada do Reino Unido.
Criado dentro da Câmara Temática de Meio Ambiente e Sustentabilidade (CTMAS), o Núcleo Temático sobre Mudança do Clima é integrado por representantes dos Governos dos Estados/Cidades-sede, além do Governo Federal. Para mais informações, acesse: www.mma.gov.br/governanca-ambiental/copa-verde/nucleo-mudancas-climaticas.
Estádio Nacional de Brasília 
Sustentabilidade
Sustentabilidade é a chave da construção do Estádio Nacional de Brasília – Mané Garrincha. Objetivo é conseguir o certificado LEED.
1 – Reciclagem – Todo entulho e materiais retirados da demolição do antigo estádio foram reutilizados na nova obra. A sustentabilidade não envolve só os recursos naturais, envolve também o social, o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas que estão trabalhando na obra e que vão trabalhar no estádio depois de pronto. A opção é obter o certificado de construção sustentável LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) em seu grau máximo, o platinum. 
2 – Reuso de água – Em caso de chuva, as biovaletas e os jardins de chuva retêm a enxurrada e direcionam o excedente para as cisternas e lagoa de contenção para que ocorra a reutilização da água. A água captada pela cobertura será conduzida até reservatório situado no 3º subsolo por meio de quatro canais. Depois de tratada nos reservatórios de decantação, a água será bombeada para o reservatório superior para sua utilização. A implantação do sistema prevê uma economia de cerca de 80%. A água armazenada será utilizada em vasos sanitários, mictórios, irrigação e lavagem em geral. Cada uma das cisternas terá a capacidade para guardar até 145 metros cúbicos, totalizando 580 metros cúbicos. Além dessas cisternas, a arena terá mais quatro reservatórios de 350 metros cúbicos de água para reutilização. 
3 – Energia solar – O estádio terá uma usina de captação de energia solar, que será capaz de gerar 2,0 megawatts de energia, o que corresponde ao abastecimento de quase mil residências por dia.
4- Ciclovia e bicicletário – O estádio Mané Garrincha terá uma ciclovia integrada a todo o Eixo Monumental, com um bicicletário de três mil vagas.