Coluna do meio
21 de fevereiro de 2013[email protected]
O alerta vale para a conscientização ambiental e para a vida:
NÃO É POSSÍVEL DESPERTAR ALGUÉM QUE FINGE ESTAR DORMINDO.
Aglair Grein, psicóloga
Rodoanel Norte SP
• O governo de São Paulo promete plantar 1,6 milhão de mudas de árvores como parte das compensações ambientais pela construção do Trecho Norte do Rodoanel. A questão é: onde plantar?
• Alguns técnicos querem nas áreas degradadas da Serra da Cantareira.
• Outros querem o plantio em áreas públicas, pois a cidade precisa ser reflorestada.
Rodoanel Sul SP
• O Instituto de Botânica monitorou a área do Trecho Sul do Rodoanel, em São Paulo, e retirou 22 mil espécies vegetais da Mata Atlântica para replantio.
• Como o serviço foi feito com as obras em andamento, o trabalho foi dificultado. Mas mesmo assim, o replantio das espécies ocupou uma área equivalente à do Parque do Ibirapuera.
• Nem tudo está perdido.
Produtos da floresta
• A discussão é: como introduzir na alimentação dos brasileiros produtos nativos da floresta tropical, da Caatinga e de outros biomas.
• O beneficiamento dos produtos da floresta é uma forma de preservação. Daí a importância do extrativismo.
• O comitê que trata da biodiversidade para alimentação e nutrição se reuniu em Brasília e constatou que 90% da flora nativa do país não fazem parte da dieta alimentar dos brasileiros.
• A questão é cultural, de hábito e de comportamento.
Cerrado, uma proposta
• O Cerrado é o berço de grandes bacias hidrográficas, com quase 70% da vazão das bacias do Araguaia/Tocantins, do São Francisco e do Paraná/Paraguai.
• Mas o Cerrado também é plano e muito bom para a agricultura.
• Daí nasce um dilema: como ocupar e desenvolver o Cerrado com sustentabilidade?
• Uma proposta nesse sentido está na Comissão de Agricultura do Senado. Objetivo: instituir uma política que garanta ocupação, crescimento e responsabilidade ambiental.
• Para isso, há que delimitar o bioma, proteger recursos naturais e disciplinar coleta e uso das espécies nativas.
• Fácil, não é. Mas há que fazer.
Correlação é inevitável.
•Historiadores suspeitam que a civilização Maia sucumbiu por causa de uma seca extrema.
• Antes desta conclusão, os cientistas mapearam variações climáticas que ocorreram durante uns dois mil anos.
• Aí entra em campo, o biólogo Fernando Reinach, que faz a seguinte correlação:
• Para entender o drama dos Maias com a seca violenta, é só imaginar São Paulo com uma seca que fizesse os reservatórios de água secar e não mandasse água para a cidade durante um ano.
• Sim, não adianta pensar na chuva. Até hoje a chuva paulistana só serve para atrapalhar, inundar, arrasar e nunca para ser aproveitada.
• Taí, uma boa lição.
Parque natimorto
•Em São Paulo, um parque está virando favela antes de nascer.
• Na zona norte de São Paulo, em Brasilândia, uma área verde de mais de 310 mil m² está desaparecendo pouco a pouco.
• A área foi reservada para ser parque. Desde novembro, mais de 500 barracos de compensado foram erguidos no local.
• Os ambientalistas estão preocupados, pois o dano ambiental é rápido e o local ainda tem Mata Atlântica nativa e várias espécies de araucária,
• A pressão populacional é uma realidade que compromete a vida nas metrópoles.